Conheça a história real que inspirou “Judas e o Messias Negro”, filme destaque no Oscar 2021

O filme do diretor Shaka King está concorrendo em 6 categorias na premiação

Judas e o Messias Negro
Judas e o Messias Negro (Divulgação)

O filme “Judas e o Messias Negro” é um dos grandes destaques do Oscar 2021. Dirigido por Shaka King, o longa conseguiu entrar em seis categorias na premiação, inclusive a de Melhor Filme. No entanto, a história é inspirada em algo real, você sabia?

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O longa, na realidade, é uma cinebiografia de Fred Hampton, líder dos Panteras Negras que foi assassinado pelo FBI. O famoso grupo do movimento negro foi criado em 1966 nos Estados Unidos, e lutava pela defesa de pretos e contra violência policial.

Na trama, Daniel Kaluuya interpreta o ativista em ascensão Hampton e a história do filme mostra como o envolvimento de William O’Neal culminou na morte do protagonista. O criminoso é coagido pelo serviço de investigação a se infiltrar no movimento e ajudar em uma investigação contra Hampton.

Relembre a trajetória de Fred Hampton

O ativista social começou sua trajetória na luta racial ainda na infância. Aos 10 anos de idade, já oferecia cafés da manhã para as crianças da vizinhança e essa atitude acabou sendo repetida nos programas dos Panteras Negras.

Já no ensino médio, Hampton liderou greves contra a exclusão de pessoas negras nas competições que costumavam eleger reis e rainhas dos bailes estudantis.

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Ainda, ele também foi o organizador de diversos protestos por mais contratações de administradores e professores negros nas escolas.

Ele finalizou o ensino médio no ano de fundação dos Panteras Negras e, em 1968, foi recrutado pelo movimento em Chicago.

O outro lado da história

William O’Neal cometeu um crime em 1967, ao roubar um carro em Chicago. Três meses depois do ocorrido, um policial prometeu limpar sua barra caso ele atuasse como informante.

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Aos 18 anos de idade, ele nunca teve nenhum envolvimento com o ativismo social, mas conquistou o respeito e admiração dos Panteras Negras e passou a se envolver com o movimento.

O assassinato

O FBI criou um programa chamado COINTELPRO, para desmoralizar grupos políticos desfavorecidos – como os Panteras Negras. Eles acreditam, inclusive, que os ativistas representavam uma ameaça à segurança nacional.

Foi por conta dessa motivação que eles resolveram infiltrar William no grupo para assassinar um dos líderes mais importantes do movimento.

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O FBI só admitiu a sua participação no assassinato de Hampton em 1976, em um artigo publicado pelo The New York Times.

“Judas e o Messias Negro” estará disponível no catálogo do HBO Max, serviço de streaming que chega em junho no Brasil.

*Texto publicado originalmente no site Atrevida, da Editora Perfil Brasil.

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