Meghan Markle pensou em se dedicar à política quando morou na Argentina

Em seu último ano como estudante universitária, Meghan Markle foi estagiária na embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires. Era 2002 e o país passava por sua pior crise econômica. Nesse contexto, ela pensou em seguir carreira política

Meghan Markle
Meghan Markle (Crédito: Divulgação)

Na vida de Meghan Markle, atuar chegou bem tarde. A atriz, que balançou a coroa britânica nos dias de hoje, formou-se primeiro em jornalismo e comunicação e até pensou em se dedicar à política quando morou na Argentina.

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Aos 20 anos, Meghan passou uma temporada no país, onde fez um estágio na sede da Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires. Não na residência oficial da Avenida del Libertador, mas no prédio da Rua Colômbia, onde ficam os escritórios.

Markle havia concluído os estudos na Northwestern University School of Communication e como parte da graduação – formou-se em 2003 – trabalhou como estagiária na área de imprensa e comunicação da embaixada norte-americana. Aliás, dois de seus tutores – também jovens na época – ainda trabalham naquela sede. Era 2002 e a Argentina passava por sua pior crise econômica.

Na época, isto é, por ocasião do casamento de Meghan Markle com o Príncipe Harry, PERFIL contatou a embaixada dos Estados Unidos. E o referido órgão confirmou à PERFIL que a então aluna trabalhou como estagiária em 2002, mas por motivos legais não puderam fornecer fotos ou qualquer informação adicional durante sua passagem por aquele local.

Por sua vez, em 2013, Meghan Markle mencionou sua passagem pela Argentina em uma reportagem que deu à revista Vogue: “A Argentina passava por uma desvalorização econômica e Paul O’Neill, nosso secretário do Tesouro, estava lá. Eu tinha 20 anos e aí tive a convicção de que faria carreira na política”.

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Markle também disse que seu trabalho na embaixada ajudou a moldar sua personagem como Rachel Zane, a advogada da série “Suits”.

Uma reportagem publicada pelo canal britânico BBC sobre Meghan Markle destaca uma carta que ela escreveu a Hillary Clinton. Era 1992, Markle tinha 11 anos e era o último ano da segunda presidência de Bill Clinton. Nessa carta, a pré-adolescente escreveu a Hillary sua reclamação sobre o slogan usado por um anúncio de lava-louças: “‘Mulheres em toda a América lutando contra potes e panelas gordurosas”. Em um mês, a Procter & Gamble – gigante multinacional responsável pelo anúncio – mudou a palavra “mulheres” para “pessoas”. “Foi então que me dei conta da magnitude que minhas ações poderiam ter (…) havia gerado um efeito mínimo ao defender a igualdade”, disse ela à emissora BBC.

Aí viria a atuação. E a política, como talvez Meghan Markle tenha imaginado em 2002 quando estava na Argentina, mas ela mudou de planos.

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No site oficial da Northwestern University – onde ela se formou em 2003 – eles dedicam um artigo à inclusão do coral gospel que Meghan Markle fez em seu casamento com Harry. O Kingdom Choir se apresentou para políticos internacionais, realeza britânica e atos de renome mundial. Mas esse casamento foi o cenário para uma apresentação muito diferente: uma em que culturas díspares se casaram e transformaram uma cerimônia tipicamente séria e tradicional em algo muito mais alegre. “As tradições afro-americanas deram à cerimônia seu calor e leveza, e um sentimento de unidade em tempos divididos, algo que não teria acontecido se a noiva fosse uma britânica branca”, disse Patrick Johnson, professor de Estudos da Performance e Estudos Afro-Americanos.

Texto originalmente publicado no site da Perfil Argentina, com autoria de Ernesto Ise, editor-chefe do Jornal PERFIL.

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