Com sobrenome de peso no atletismo, Thiago Moura vai à Olimpíada

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Thiago Moura será um dos 53 representantes brasileiros nas disputas do atletismo durante a Olimpíada de Tóquio. Ele entrou na lista para disputar a prova do salto em altura pelo ranking olímpico, já que, com a marca de 2,28 metros, estava entre os 32 primeiros colocados no ranking mundial da prova em 29 de junho (dia do fechamento do prazo para classificação aos Jogos).

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“Estou em uma crescente muito boa das minhas marcas. Fui campeão do Troféu Brasil em 2020 com a marca de 2,27 metros. Comecei aquela temporada com 2,22 metros e acabei com 2,27 metros. Nesse ano, já consegui saltar 2,28 metros. O teto para crescimento é alto. Isso mostra que o trabalho vem sendo muito bem-feito. Estou feliz demais por ter a chance de participar da minha primeira Olimpíada”, afirmou o vice-campeão sul-americano em entrevista à Agência Brasil.

Atualmente com 26 anos, o atleta está no salto em altura desde os 13. Mas ele convive com o esporte desde muito jovem. Inclusive, o sobrenome Moura é um dos mais respeitados dentro do atletismo brasileiro. Thiago é filho de Neilton Moura, que tem um currículo impressionante na modalidade em mais de três décadas de atuação. Ele é ex-atleta, foi técnico mas edições dos Jogos Olímpicos de 2008, 2012 e 2016, além de outras competições de nível internacional. Inclusive, Thiago foi treinado pelo próprio pai para se classificar aos Jogos de Tóquio.

“Estava em casa quando a convocação oficial saiu. Foi emocionante. Ele fez o acompanhamento oficial da tabela de pontos desde o final do ano passado. Toda semana, ele acrescentava os resultados de diversas competições e via a situação de cada atleta. Nas últimas semanas, com o nervosismo aumentando, começaram a aparecer competições que não estavam no calendário. E ele seguia acompanhando ponto a ponto. Foi demais. Ver, no rosto dele, a emoção e a felicidade é uma coisa espetacular. Deu para dar uma amolecida no coração do velho”, declarou o atleta.

Além do pai, o tio de Thiago, Nélio Moura, também é um nome gigante no esporte verde e amarelo. Entre várias outras conquistas, ele foi o técnico da Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância em 2008, e do panamenho Irving Saladino, também vitorioso na mesma prova no naipe masculino nos Jogos de Pequim.

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“Quando eles voltaram dos Jogos, teve toda aquela badalação aqui no Brasil. Mas, logo na sequência, alguém no Panamá fez uma música para homenagear o Irving e tem o nome do meu tio nela. O Irving virou herói nacional por lá. Fui entender isso a passos curtos. Não foi fácil. É muito difícil ganhar uma medalha olímpica. Agora, imagina você ir e voltar com 100% de aproveitamento, faturando duas medalhas, na mesma prova na mesma edição dos Jogos. Foi incrível”, fala o saltador.

E agora, para os Jogos de Tóquio, o objetivo do saltador já está traçado. “O pessoal que vai brigar pelo pódio está saltando entre 2,37 metros e 2,38 metros com muita constância. Sempre almejo voos mais altos. Mas tenho consciência de que eles estão um pouco acima. Porém, a marca para chegar na final varia de 2,26 metros a 2,3 metros. Tenho total possibilidade de alcançá-la. E, dentro da final, tudo será possível”. As disputas do atletismo na capital japonesa ocorrem entre 30 de julho e 8 de agosto no estádio Olímpico.

(Agência Brasil)

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