Ex-F1 Tarso Marques revela drama com Covid-19: “Você está ali praticamente morto”

Piloto teve cerca de 85% do pulmão comprometido e quadro evoluiu de maneira extremamente rápida

Tarso Marques
Tarso Marques (Crédito: Getty Images)

Os números de mortes em detrimento da Covid-19 só estão aumentando no Brasil durante este mês de março. O coronavírus não tem perdoado, até mesmo que parecia estar assintomático. Esse foi o caso do ex-piloto da Fórmula 1, Tarso Marques.

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Em entrevista para “CARAS”, o profissional contou os dias de desespero que passou devido aos sintomas da doença. Inclusive, tudo começou com um diagnóstico de que ele estava assintomático para Covid-19, porém passaram alguns dias e Tarso teve de ser entubado.

“Na primeira vez em que fui ao médico, pedi para fazer uma ressonância magnética e meu pulmão estava limpo, como o de um recém-nascido”, disse. Ele ainda contou que além da necessidade de ter sido entubado, seu pulmão já estava comprometido com cerca de 85%.

Mesmo assim, Tarso Marques também revelou que sempre praticou exercícios e cuidou de sua forma, porém nem isso evitou que ele fosse atacado pelo vírus:

“Achei que era brincadeira. Sempre fui muito saudável, tinha uma boa alimentação, fazia atividade física.. Pensei que comigo não aconteceria nada. Eu me preocupava mesmo era com os meus pais. Duas horas depois deste novo diagnóstico, já estava com falta de ar. Mais uma hora e já não conseguia respirar. Agora, nesta entrevista, ainda estou com 30% da capacidade dos pulmões”.

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“Os três, quatro primeiros dias no hospital foi aquele terror. Você está ali praticamente morto. Vai te destruindo inteiro, é tanto remédio – a cada três horas vinha uma bandeja com injeção, corticoide. Fiquei nove dias sem dormir, usava oxigênio no limite. E acontecia uma coisa atrás da outra – estômago dói, vem uma alergia do nada nas pernas, ainda estou cheio de manchas, fiquei soluçando por dois dias inteiros, tive uma dor de cabeça infernal”, afirmou.

Tarso Marques também aproveitou para dar maiores detalhes de como foram os dias depois da entubação e o que o fez melhorar nas horas seguintes. De acordo com ele, o vírus não ataca apenas o pulmão, mas sim diversas áreas do corpo humano.

“O vírus vai atacando cada hora em um lugar. Parece que ele não desiste. E nesta noite achei que ia morrer, cheguei a fazer testamento. Fiquei assim mais dois dias. Quando comecei a melhorar, à noite tinha medo de que aquela melhora era um alarme falso”, finalizou.

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*Texto divulgado originalmente no site SportBuzz, da Editora Perfil.

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