Lei da Sociedade Anônima do Futebol é sancionada nesta segunda-feira

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(Crédito: Canva Fotos)

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Entrou em vigor, nessa segunda-feira, a nova que permite que os clubes de futebol se transformem em empresas. S.A., a sigla que nomeia as empresas que pertencem a vários acionistas, a Sociedade Anônima, agora já pode ser usada para times de futebol.

O Diário Oficial da União traz nessa segunda-feira a lei que cria a SAF, a Sociedade Anônima do Futebol. Até agora, no Brasil, o futebol era gerido no formato de associações civis sem fins lucrativos, o que dificultava o acesso dos clubes a várias modalidades de financiamento.

Clubes de futebol vão poder passar não apenas a ter lucros, mas também a receber recursos de investidores, vender ações, e, em caso de endividamento, vão poder acionar a lei de falências, o que pode ajudar na recuperação judicial ou extrajudicial. Além disso, também passam a recolher impostos, algo que hoje os clubes são isentos.

Times endividados como o Vasco, no Rio de Janeiro, ou o Cruzeiro, em Minas Gerais, já comemoram a nova lei. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza Esporte Clube, diz que a nova regra é bem-vinda porque permite a entrada de recursos que antes não existia no futebol.

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Em compensação, ao se transformarem em empresas, os clubes deixam de ser um patrimônio da comunidade. São privatizados. Isso significa que podem inclusive ser fechados. O pesquisador do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte da UERJ, Irlan Simões, falou para a Rádio Nacional sobre os impactos da nova lei. Para ele, os clubes de futebol têm uma importância social, econômica e política muito grande e o modelo de clube empresa afasta o time de sua comunidade original.

A migração dos times do formato de empresas para Sociedade Anônima não é obrigatória. Cada clube vai poder escolher seu formato de gestão.

Ao sancionar a lei, o presidente Jair Bolsonaro vetou alguns trechos. Entre eles, os que impactavam na arrecadação de impostos, como limitar o pagamento mensal à receita federal a 5% pelos próximos cinco anos e a isenção de impostos sobre a venda de jogadores.

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A tentativa de transformar times de futebol em empresas não é recente. Desde 1998, a Lei Pelé prevê os clube-empresas, mas na prática, a regra nunca foi adotada pelas agremiações.

Com a colaboração de Gésio Passos

Esportes São Paulo Clubes anunciam intenção de criar liga para organizar Brasileiro Brasil derrota a Espanha e é bicampeão olímpico no futebol em Tóquio 09/08/2021 – 20:01 Roberto Piza / GT Passos Eliane Gonçalves – Repórter da Rádio Nacional futebol Clube empresa segunda-feira, 9 Agosto, 2021 – 20:01 2:47

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(Agência Brasil)

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