Áustria retoma lockdown após casos de Covid-19 dispararem

Governo torna vacinação obrigatória para tentar conter o avanço da doença

Áustria retoma lockdown após casos de Covid-19 dispararem
A previsão inicial do lockdown é de uma duração de dez dias, podendo chegar a 20 no máximo comunicou o chanceler Alexander Schallenberg (Créditos: Jens Schlueter/Getty Images)

O governo da Áustria comunicou nesta sexta-feira (19), que vai impor o lockdown para toda a população, não importando a condição de quem tomou ou não a vacina, a partir da próxima segunda-feira (22). Da Europa Ocidental, é o primeiro país a adotar a medida desde o fim do verão no continente e ocorre devido ao aumento dos casos de Covid-19.

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A previsão inicial do lockdown é de uma duração de dez dias, podendo chegar a 20 no máximo, comunicou o chanceler  Alexander Schallenberg em entrevista coletiva nesta sexta. “Dói ter que tomar esse tipo de medida”, disse Schallenberg .

Segundo Schallenberg, o lockdown vigora até 13 de dezembro no máximo. A nova regra foi comunicada poucos dias depois de o país ter decidido confinar as pessoas que não foram imunizadas. Apenas 66% da população da Áustria completou o esquema de vacinação, uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental.

A imunização contra a Covid-19 vai se tornar obrigatória, disse o governo, com a data limite de 1º de fevereiro de 2022 para os austríacos se imunizarem, se tornando assim o primeiro país da União Europeia a dar como obrigatório a vacinação contra a Covid-19.

Apesar de meses de insistência, apesar de todas as campanhas nos meios de comunicação, apesar de tudo, não conseguimos convencer as pessoas a se vacinarem”, lamentou Schallenberg.

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Especialistas e médicos já vinham cobrando medidas mais drásticas do governo para o país, logo depois que hospitais de duas regiões mais afetadas, Salzburg e Alta Áustria, ficaram perto do colapso, já que o confinamento apenas dos não vacinados não havia mostrado resultado.

Alemanha

O ministro da Saúde da Alemanha falou nesta sexta que o país enfrenta uma “emergência nacional”, com a subida dos casos de Covid-19 recente. “A situação hoje é mais séria do que há uma semana”, disse Jens Spahn em entrevista coletiva.

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Quando perguntado sobre a possibilidade de um lockdown, mesmo com as pessoas que já foram imunizadas contra o vírus, Spahn disse que nesse momento nenhuma possibilidade pode ser descartada no momento.

O país registrou nesta quinta-feira (18), mais de 65 mil casos, um aumento de 22% em relação ao dia anterior. A primeira-ministra, Angela Merkel, descreveu a situação como “dramática”.

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