Quem é Aung San Suu Kyi, a Nobel da Paz condenada a dois anos de prisão após golpe militar em Mianmar

Na prática, ela era a líder do país desde 2015. Suu Kyi foi acusada de incitar a dissidência contra os militares e violar as regras de controle da Covid-19 durante as eleições em 2020, vencida por ela

Quem é Aung San Suu Kyi, a Nobel da Paz condenada a dois anos de prisão após golpe militar em Mianmar
Os militares mantêm em sigilo o local de sua detenção e seus contatos com o exterior se limitam a breves reuniões com os advogados (Crédito: Lauren DeCicca/Getty Images)

Suu Kyi foi condenada a dois anos de prisão por incitar a dissidência contra os militares e quebrar as regras sanitárias durante a pandemia, nesta segunda-feira (6)

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Suu Kyi está detida desde que uma junta militar derrubou seu governo em 1º de fevereiro de 2021, o que acabou com um breve período democrático em Mianmar.

Suu Kyi, de 76 anos, é conhecida por ter recebido o prêmio Nobel da Paz em 1991 e era, na prática, a líder do país desde 2015. Oficialmente, o cargo dela era o de presidente do NDL, o partido civil.

Filha de um herói da independência do país, o general Aung San, durante o regime militar, Suu Kyi foi presa – e assim ficou durante 15 anos.

Ela só saiu da prisão em 2010, e se tornou líder do país. No poder, se aliou aos militares para perseguir uma minoria étnica, os rohingyas, que são muçulmanos (Mianmar é majoritariamente budista).

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Em 2019, ela foi a representante do país em um julgamento em uma Corte Internacional de Justiça. Mianmar é acusada de fazer limpeza étnica.

No país, há quem acredite que Aung San Suu Kyi fez uma concessão aos militares ao cooperar com eles para tentar fortalecer a democracia no país.

No dia do golpe, em fevereiro de 2021, ela pediu que a população não aceitasse a ação liderada pelos militares – e foi detida logo em seguida pela Junta que tomou o poder. Suu Kyi foi condenada a dois anos de prisão hoje (6), por incitar a dissidência contra os militares e quebrar as regras sanitárias durante a pandemia.

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O Parlamento Europeu na ASEAN fez uma declaração hoje em suas redes sociais após a condenação de Aung San Suu Kyi, confira:

Myanmar : Como primeiro passo essencial para a restauração das autoridades legítimas, o Parlamento Europeu apelou à libertação imediata e incondicional da Conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, do Presidente Win Myint e de todos os outros detidos sob acusações infundadas

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