Roberta Metsola é eleita a nova presidente do Parlamento Europeu

Roberta de 43 anos tornou-se a presidente mais jovem do Parlamento Europeu; ela foi eleita no primeiro turno e recebeu 458 votos

Roberta Metsola é eleita a nova presidente do Parlamento Europeu
Metsola em sua posse como presidente do Parlamento Europeu (Créditos: Reprodução/ Twitter @RobertaMetsola)

Roberta Metsola, nesta terça-feira (18), foi eleita a nova presidente do Parlamento e se tornou a terceira mulher a estar liderando a casa legislativa da União Europeia. Representante de Malta, menor país do bloco europeu, Roberta de 43 anos tornou-se a presidente mais jovem do Parlamento Europeu, cuja sede fica em Estrasburgo, na França.

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Ela foi eleita no primeiro turno e recebeu 458 votos, eliminando a sueca Alice Bah Kuhnke, candidata dos Verdes (que teve 101 votos), e a espanhola Sira Rego, do Izquierda (57 votos). Vice-presidente do Parlamento desde 2020 e eurodeputado desde 2013, Metsola irá substituir o jornalista David Sassoli, que morreu há sete dias, aos 65 anos. Sassoli presidia a casa desde 2019.

A deputada ganhou visibilidade quando substituiu interinamente Sassoli, que ficou afastado desde dezembro, quando foi internado em um hospital da Itália com problemas de saúde. Conservadora, contrária ao aborto e Democrata-cristã, Metsola é vista como uma líder moderada de centro-direita e recebeu o apoio total do Partido popular Europeu (PPE), o maior bloco político da casa.

Quando ela apresentou sua candidatura, disse que a pessoa escolhida para presidir a casa “precisa ser uma pessoa que constrói consensos, que ouve, que pode unir diferenças”. As únicas mulheres antes a ocupar o cargo, havia sido,  as francesas Simone Veil (de 1979 a 1982) e Nicole Fontaine (de 1999 a 2002)

Metsola homenageou em seu primeiro discurso como presidente do Parlamentos, Veil e Fontaine e manifestou sua esperança de que “não demore mais 20 anos” para que outra mulher consiga ocupar o mesmo cargo.

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Ela é mãe de quatro filhos, e recebeu críticas de alguns eurodeputados por ser antiaborto, visão amplamente difundidade em Malta, o último país da União Europeia que o aborto continua sendo ilegal.

Sua carreira na política evoluiu paralelamente à entrada do país na União Europeia, e sua ascensão em uma casa que é dominada por eurodeputados pode ajudar a destacar países que muitas vezes passam despercebidos.

Posição antiaborto

Sua candidatura enfrentou oposição de alguns legisladores, pela sua oposição ao aborto, que continua ilegal em Malta.

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Os eurodeputados malteses do seu Partido Nacionalista em 2015, alegaram que o aborto continuava a ser uma “linha vermelha” onde não poderia ser ultrapassada e que era impossível para União Europeia abordar esta questão.

“Em saúde e direitos sexuais e reprodutivos, a posição do Parlamento Europeu é clara. Como presidente do Parlamento, meu dever é representar a opinião do Parlamento”, disse Metsola em uma entrevista recente.

Os eurodeputados destacam que a grande pressão de Metsola ao aborto é seu “ponto fraco”, mas ela também defende os direitos da comunidade LGTBQIA+, uma posição que é bem incomum no seu bloco político.

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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, parabenizou Roberta Metsola: “Parabéns calorosos @RobertaMetsola na sua eleição como @Europarl_PT presidente. Como a terceira mulher a chefiar esta nobre casa, seu trabalho duro e determinação são uma inspiração para todos nós. Trabalharemos juntos para a recuperação da UE e um futuro verde, digital e brilhante”.

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