Dose de reforço da Pfizer após 5 meses mantém proteção contra casos graves de Covid-19, aponta pesquisa

Aplicação da terceira dose da Pfizer foi observada em estudo em Israel

Dose de reforço da Pfizer após 5 meses mantém proteção contra casos graves de Covid-19, aponta pesquisa
O intervalo usado no estudo é o mesmo que foi anunciado na terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde no Brasil (Crédito: Fiona Goodall/ Getty Images)

Um estudo publicado no fim de outubro na revista científica “The Lancet”, referência mundial no ramo, aponta que repetir a vacina da Pfizer na dose de reforço contra a Covid-19 mantém a proteção contra casos graves da doença.

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O estudo, feito em Israel, observou 1,4 milhão de pessoas que haviam recebido ou não a dose de reforço 5 meses após a imunização com a segunda dose. No país, apenas a vacina da Pfizer é aplicada, então todos os participantes do estudo receberam três doses da mesma vacina.

O intervalo usado no estudo é o mesmo que foi anunciado na terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde no Brasil, a pasta reduziu o espaçamento mínimo entre a segunda dose e o reforço.

O ministério recomendou que a vacina da Pfizer tenha preferência para as dose de reforço, mas ainda não foi decidido se isso valerá também para quem completou a imunização com duas doses dessa vacina.

Das 1.456.642 de pessoas observadas no estudo, metade recebeu a dose de reforço, a outra metade, apenas duas doses da vacina contra Covid-19. A dose de reforço foi dada apenas a pessoas que haviam recebido a segunda dose há pelo menos cinco meses.

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Sete dias depois da terceira dose, houve 231 internações no grupo com apenas duas doses. No grupo com a dose de reforço da vacina contra Covid-19, o número de internações foi 29.

Entre as internações, houve 157 casos graves no grupo com apenas duas doses. Já no grupo com a dose de reforço, foram 17 casos graves.

Entre o grupo, houve 44 mortes no grupo com duas doses. No grupo com as três doses, houve 7 mortes.

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Os cientistas observaram no estudo que o momento em que se atinge a proteção máxima contra a Covid-19 após a dose de reforço ainda é indefinido. Eles adotaram o período de 7 dias com a justificativa de que o período é semelhante ao definido por órgãos internacionais para definir a vacinação completa após a segunda dose. Caso do CDC americano que considera esse período como sendo de 14 dias, e não 7, após a segunda dose.

Um detalhe importante do estudo é que as pessoas que receberam as duas primeiras doses em Israel foram vacinadas contra a Covid-19 com o intervalo de 21 dias. Desde o início da vacinação ao redor do mundo, pesquisas vêm apontando que a eficácia da vacina da Pfizer aumenta se o intervalo entre as doses for maior.

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