Máscaras serão usadas “por pelo menos mais dois anos, talvez três”, diz diretor da Sinovac

Zhang disse que, com a descoberta da variante, Ômicron coloca desafios e salienta o quanto é importante tomar a dose de reforço

Máscara ainda deverá ser usada por até três anos, diz cientista da Sinovac
Se duas doses protegem por seis meses, talvez o reforço possa proteger por um ano. É o que estamos estudando” (Créditos: Pierre Crom/Getty Images)

Zijie Zhang, diretor médico da farmacêutica chinesa Sinovac, disse ao jornal Valor Econômico que, ele acredita que a população terá que usar máscaras contra o coronavírus “no mínimo, por pelo menos mais dois anos, talvez três.”

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Há três meses trabalhando dentro do Instituto Butantan, em São Paulo, devido a parceria do laboratório com o governo paulista, em conjunto, desenvolveram a vacina CoronoVac.

Zhang disse que, com a descoberta da variante, Ômicron coloca desafios e salienta o quanto é importante tomar a dose de reforço. Dados iniciais que foram revelados na última sexta-feira mostram que a eficácia do imunizante contra infecções sintomáticas é menor contra a ômicron para quem recebeu as duas doses, mas que tomando uma terceira dose (Pfizer e Moderna) a proteção pode ser aumentada em mais de 70%.

“Precisamos que a população tome os reforços. Veja, no continente africano somente 10% das pessoas tomaram a vacina. E mesmo nos EUA menos de 40% tomaram as doses de reforço. A melhor maneira de reduzir a transmissão é tomando o reforço.”

Se duas doses protegem por seis meses, talvez o reforço possa proteger por um ano. É o que estamos estudando”, acrescentou ele.

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Na semana passada, a Sinovac anunciou que está trabalhando em uma adaptação da CoronaVac para combater o Ômicron. E tem a previsão que seja concluída em três meses a pesquisa.

Outras empresas já começaram a trabalhar para adaptar suas vacinas, como a Moderna e a Pfizer.

Zhang lembrou que as farmacêuticas desenvolveram vacinas para a variante delta também, mas viram que os imunizantes ainda desempenham um bom papel contra ela. “A taxa de proteção era muito similar entre a vacina desenvolvida para a delta e as outras. Em termos de proteção vacinal, a delta não era tão perigosa”, explicou.

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“Já a ômicron possui mais mutações e pode reduzir rapidamente os anticorpos das vacinas. É por isso que essa variante pode ser mais problemática que as anteriores.”

Até o momento, a nova variante ômicron, já foi identificada em mais de 40 países, e que algumas nações adotaram algumas restrições.

As orientações continuam nas mesas para evitar infecções, além da vacinação completa e a de reforço. Manter distanciamento, lavar as mãos, usar máscaras e evitar lugares fechados ou com aglomeração.

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