Paes acredita que restrições vão reduzir aglomeração no réveillon

A tradicional queima de fogos da orla será realizada, mas não haverá shows, ônibus extras nem funcionamento do metrô

Paes acredita que restrições vão reduzir aglomeração no réveillon
(Agência Brasil)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse hoje (28) que o poder público impôs um “profundo desestímulo” à aglomeração de pessoas na Praia de Copacabana durante a noite de réveillon, e que as medidas vão reduzir o público do evento, que costuma reunir mais de 2 milhões de pessoas.

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A tradicional queima de fogos da orla será realizada, mas não haverá shows, ônibus extras nem funcionamento do metrô, que terá as estações fechadas entre as 20h de 31 de dezembro e as 7h de 1º de janeiro.

“Diminuímos muito a possibilidade de deslocamento das pessoas. Não é uma boa ir para Copacabana, a não ser quem lá esteja ou a uma distância caminhável para a Praia de Copacabana. E com isso a gente imagina que vai ter menos aglomeração”, disse o prefeito, em uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira no Palácio da Cidade. “Há um profundo desestímulo da nossa parte”.

Também será proibido estacionar nas ruas de Copacabana e nas vias de acesso ao bairro a partir das 18h do dia 30. As linhas de ônibus para Copacabana terão seu itinerário alterado a partir das 20h do dia 31 de dezembro e não entrarão no bairro. A partir das 19h do dia 31, apenas táxis com passageiros com comprovante de trabalho, residência ou hospedagem ou automóveis de uso pessoal poderão entrar no bairro. Às 22h, o bloqueio passará a ser total, e só quem estiver a pé poderá entrar em Copacabana.

O prefeito disse que a realização do evento foi permitida pelo comitê científico da cidade e que o Rio tem registrado aglomerações constantes na praia em fins de semana de sol e calor. “Tinha mais gente podendo ir à praia no domingo passado do que vai conseguir ir à Praia de Copacabana na noite de réveillon”.

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Ômicron

Paes informou que os números sobre a pandemia contabilizados pela Secretaria Municipal de Saúde ainda não indicam um novo aumento de casos após o início do verão, as celebrações de Natal e os primeiros casos confirmados da variante Ômicron no Brasil. Apesar disso, ele prevê que esse aumento deve ocorrer.

É inevitável que tenhamos um aumento do número de casos, não sei se na proporção dos países desenvolvidos, que se vacinaram menos e vivem o inverno, em que a probabilidade de expansão da doença é maior”, disse o prefeito ao afirmar que a prefeitura está preparada e defender que a população complete o esquema vacinal. “O que está muito claro, e cada dia mais, é que, em quem está vacinado, o risco de agravamento do seu caso é muito baixo”.

Carnaval

Sobre o Carnaval, Paes repetiu que ainda é necessário monitorar o cenário epidemiológico, mas voltou a argumentar que é preciso diferenciar festas em que é possível exigir vacinação ou testes de covid-19 de eventos abertos como os blocos de rua.

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“O Carnaval representa diferentes tipos de celebração. Em algumas você pode estabelecer controles, e em outras, não”, disse. “Vou esperar passar o réveillon e ter uma reunião com o pessoal da Sebastiana [Associação Independente de Blocos de Rua]. Estamos conversando. Ainda tem um período grande até o carnaval. Temos que acompanhar os números”.

Balanço

O prefeito apresentou um balanço do primeiro ano de seu terceiro mandato, destacando que os maiores desafios foram o controle da pandemia de covid-19, o reequilíbrio fiscal, a melhora da prestação de serviços e a preparação da cidade para o futuro. Paes foi prefeito da cidade do Rio de Janeiro entre 2009 e 2017, e voltou ao cargo neste ano após ter sido eleito em 2020.

Para o ano que vem, ele prometeu, entre outras ações, iniciar um projeto que pretende zerar a fila da regulação de leitos do município em 18 meses, investir R$ 600 milhões no recapeamento de vias, revitalizar 150 escolas e promover processo licitatório para a aquisição de 600 novos ônibus articulados para o BRT.

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(Agência Brasil)

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