Rio monta estrutura extra para atender casos de gripe

As Unidades de Pronto Atendimento do estado vão receber tendas de atendimento a pacientes com síndrome gripal. As primeiras foram instaladas na UPA Marechal Hermes, na zona norte do Rio

Dados da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) indicam que, na última semana, houve um aumento de 429% no número de atendimentos por síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais, sendo a maior parte em adultos. Os atendimentos aumentaram de uma média de 189 por dia, no período de 16 a 21 de novembro, para 1 mil diários no período de 22 a 28 de novembro.

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Por isso, a secretaria reforçou a importância da imunização contra a Influenza A especialmente dos grupos prioritários, que são as crianças de 6 meses a menores de 6 anos; as gestantes; as puérperas, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias; e as pessoas com comorbidades, comprometimento do sistema imunológico e com 60 anos ou mais.

Diante desse quadro, a secretaria montou uma nova etapa do plano de contingência para enfrentamento ao surto de influenza A no estado, que vai começar a funcionar na sexta-feira (3).

Tendas

As Unidades de Pronto Atendimento do estado vão receber tendas de atendimento a pacientes com síndrome gripal. As primeiras foram instaladas na UPA Marechal Hermes, na zona norte do Rio, e terão um serviço de triagem e dois consultórios médicos para atendimento exclusivo desses casos. A estrutura foi criada para atender o aumento de demanda de pacientes que chegam a toda hora em busca de atendimento na rede pública tanto do estado como da capital.

O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que o formato já foi utilizado com sucesso pela secretaria durante o surto de H1N1, em 2009, e nas epidemias de dengue, zika e chikungunya. “Ele permite agilizar o atendimento dos pacientes e fazer uma triagem dos casos leves, que são a maioria, para que possamos dar maior atenção a casos mais graves. Acreditamos que esse processo vai diminuir o tempo de atendimento e as filas de espera nas UPAs”, disse.

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De acordo com a SES, as estruturas, mundialmente são chamadas de hospital de campanha, são fechadas, climatizadas, e pertencem há mais de dez anos à Secretaria de Estado de Saúde. Por isso, segundo a pasta, “a medida não vai gerar custos extras”.

Os pacientes que chegarem à unidade com sintomas de gripe serão os primeiros a ter atendimento em uma tenda de acolhimento, para passar pela triagem. Depois serão encaminhados para os consultórios médicos nos hospitais de campanha ou nas próprias UPAs. Mas se for necessário realizar exame e medicação, eles serão direcionados imediatamente para o interior das unidades.

Na zona norte, o esquema vai funcionar nas UPAs Marechal Hermes, Tijuca e Penha. Já na zona sul, será na UPA Botafogo. A intenção inicial da SES é continuar com essa estrutura de atendimento durante todo o mês de dezembro, mas o cronograma pode mudar conforme a evolução do surto da gripe.

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O plano de contingência inclui também 11 equipes da SES e da Fundação Saúde que atuarão em rondas diárias em todas as UPAS e emergências hospitalares, para minimizar os impactos causados pela epidemia de influenza e reduzir o tempo de espera dos pacientes. “Essas visitas resultam em cinco relatórios diários, que são utilizados para avaliar o desempenho das unidades e a necessidade de reforço de profissionais”, informou a SES em nota.

(Agência Brasil)

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