SP quer concluir vacinação de pessoas com comorbidades até julho

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O governo de São Paulo prevê concluir, até o final do mês de junho, a vacinação contra a covid-19 de pessoas com comorbidades e de pessoas com deficiência, acima de 18 anos.

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Depois disso, o governo paulista pretende iniciar a vacinação de pessoas com idades de 55 a 59 anos entre os dias 1º e 20 de julho, além de profissionais da educação com idade de 18 a 46 anos entre os dias 21 e 31 de julho. Professores e profissionais da educação com idade superior a 47 anos já estão sendo vacinados no estado de São Paulo desde o dia 10 de abril. Mas esse cronograma, destacou o governo, vai depender da quantidade de doses de vacinas a serem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

Já o grupo de pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente e que estejam cadastradas no benefício de prestação continuada (BPC) que tenham entre 40 e 44 anos serão vacinadas em São Paulo a partir do dia 28 de maio. Esse público é estimado em cerca de 760 mil pessoas.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) pessoas com comorbidades são aquelas que têm doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca; cor-pulmonale e hipertensão pulmonar; cardiopatia hipertensiva; síndrome coronariana; valvopatias, miocardiopatias e pericardiopatias; doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; arritmias cardíacas; cardiopatias congênitas no adulto; e próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados.

Além disso, são enquadradas pessoas com doenças crônicas como diabetes mellitus; pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial resistente; hipertensão artéria estágio 3; hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo; doença cerebrovascular; doença renal crônica; imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos); anemia falciforme; obesidade mórbida; cirrose hepática; e HIV.

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Lista de comorbidades.
Lista de comorbidades.

Lista de comorbidades. – Arte/Agência Brasil

Para ser vacinada, a pessoa com comorbidade precisa apresentar comprovante da condição de risco por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Os cadastros previamente existentes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) também podem ser utilizados.

Já as pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante do recebimento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).

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Efeitos da vacinação

Segundo Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, os efeitos de vacinação contra a covid-19 de idosos já começa a ser sentida em todo o estado, com a redução do número de idosos internados.

Em janeiro, segundo ele, 35% dos internados [incluindo enfermarias] no estado eram idosos acima de 70 anos. Em abril, esse número caiu para 20,4%. “Em UTIs (unidades de terapia intensiva), as pessoas com mais de 70 anos representavam mais de um terço dos internados (37%) e, em abril, já passou para 21%, redução de 43%”, falou ele.

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Mudança do perfil dos pacientes internados em UTI COVID em função do impacto da vacinação.
Mudança do perfil dos pacientes internados em UTI COVID em função do impacto da vacinação.

Mudança do perfil dos pacientes internados em UTI COVID em função do impacto da vacinação. – Divulgação/Governo de SP

Durante entrevista coletiva, Paulo Menezes apresentou um gráfico que mostra redução nas internações em UTIs nas pessoas com idade acima de 70 anos, resultado da vacinação contra a covid-19. Pessoas com idade entre 70 e 79 anos, por exemplo, correspondiam a 21,7% do total de internações em janeiro deste ano e passaram a representar 15,7% do total de internações em abril, com o início da vacinação. Já a faixa etária entre 20 e 29 anos, que correspondia a 19,8% do total de internações em janeiro, cresceu e soma 29% do total de internados em São Paulo. Essa faixa etária ainda não foi incluída na campanha de vacinação contra a covid-19.

“Iniciamos a vacinação de idosos acima de 90 anos em meados de janeiro e já podemos ver como progressivamente eles passam de 3% para 0,9% do total de internações”, explicou. “Agora temos idosos entre 60 e 69 anos sendo vacinados e pessoas acima de 55 anos com comorbidades tomando a primeira dose, que representam quase 50% do total de internações hoje. Nossa expectativa é que, nas próximas semanas, começaremos a ver o impacto disso [da vacinação] na redução dessas internações”, disse Menezes.

(Agência Brasil)

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