REGRAS MAIS FLEXÍVEIS

CCJ do Senado vota nesta quarta (14) texto que autoriza clubes de tiro perto de escolas

O texto volta para análise da comissão depois de parlamentares terem exercido pressão sobre o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

CCJ Senado vota nesta quarta (14) texto que autoriza clubes de tiro perto de escolas
Um dos trechos do texto retira qualquer tipo de controle a armas de pressão – Crédito: Canva Fotos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar nesta quarta-feira (14) proposta que anula trechos de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e flexibiliza restrições ao acesso às armas.

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O texto volta para análise da CCJ depois de pressão de parlamentares sobre o presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Estes senadores desejam que o projeto seja aprovado às vésperas do início das campanhas municipais.

No total, a proposta derruba seis regras, que ainda estão válidas — estabelecidas pelo decreto editado por Lula, em julho de 2023, para ampliar o controle sobre armamentos no país.

Trechos principais da proposta na CCJ

  • Retira qualquer tipo de controle a armas de pressão;
  • Permite o funcionamento de clubes de tiro próximos a escolas;
  • Acaba com um regime de progressão de nível para atiradores;
  • E concentra poderes no Exército.

As regras do decreto do presidente Lula serão anuladas apenas se a proposta for aprovada pela CCJ e também pelo plenário do Senado Federal. Caso não sofra alterações, o texto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, será diretamente promulgado pelo próprio Congresso, ou seja, não passará pela sanção de Lula.

A possibilidade de uma eventual derrubada de alguns trechos é celebrada por associações que representam os CACs (Caçadores Atiradores e Colecionadores). Por outro lado, é fortmente criticada por entidades civis especialistas em segurança pública, como o Instituto Igarapé.

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O instituto avalia o texto como uma possibilidade de “colocar em xeque a eficácia do controle de armas restabelecido” durante o governo Lula.

Contudo, as confederações de tiro esportivo afirmam que a proposta dá fim a medidas que têm causado “constrangimentos e entraves ao pleno desenvolvimento das atividades desportivas”.

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