segurança pública

Comissão decide que crime cometido em ‘saidinha’ terá pena mais severa

Senadora Damares Alves (Republicanos-DF), autora do projeto, destaca a necessidade de uma política pública que proteja a sociedade sem ignorar o objetivo ressocializador das penas

Comissão decide que crime cometido em ‘saidinha’ terá pena mais severa
Comissão decide que crime cometido em ‘saidinha’ terá pena mais severa – Crédito: Agência Brasil

Nesta terça-feira (2), a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou um projeto de lei elaborado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que visa intensificar a pena para delitos cometidos em períodos de benefícios concedidos a detentos, como a saída temporária e a liberdade condicional.

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O relator, senador Esperidião Amin (PP-SC), apoiou a medida que agora avança para uma análise mais aprofundada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Designado como PL 476/2023, a proposta sugere uma modificação no artigo 61 do Código Penal, aumentando as consequências para quem cometer crimes nessas condições específicas. Com tal mudança, um juiz deverá impor penalidades maiores se o crime ocorrer durante um desses benefícios penais ou mesmo durante uma fuga da instalação prisional. A medida busca uma resposta mais firme a essas violações, potencialmente desestimulando futuras ocorrências.

Por que adotar uma pena mais severa?

A senadora Damares Alves defende que aumentar as penas é uma solução mais equilibrada do que a eliminação total desses benefícios, que também visam a reintegração social do detento. Ela destaca a necessidade de uma política pública que proteja a sociedade sem ignorar o objetivo ressocializador das penas. A proposta pretende, portanto, equilibrar rigor penal com justiça social.

Já o senador Esperidião Amin argumenta que a possibilidade de penas mais severas pode ser um desestimulante eficaz contra a reincidência criminal por parte de detentos beneficiados. Ele afirma que ao endurecer as consequências legais, o projeto protege a sociedade e reforça a seriedade destes benefícios penais, que são fundamentais para a reintegração social.

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De acordo com a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), que também apoia a medida, a falta de punições adequadas é frequentemente vista como um convite à criminalidade.

Percurso legislativo do PL 476/2023

  • Aprovação pela Comissão de Segurança Pública.
  • Análise pela Comissão de Constituição e Justiça.
  • Implementação imediata após aprovação, conforme emenda do relator.

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