
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (28) pelo Palácio do Planalto. A pasta tem papel estratégico na articulação política do governo.
Atual presidente do PT, Gleisi substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. A posse está prevista para 10 de março.
Escolha contrariou sugestões de aliados
Inicialmente, Lula avaliou nomeá-la para a Secretaria-Geral da Presidência, mas optou por designá-la para a articulação com o Congresso. O presidente recebeu sugestões de aliados para escolher um nome de partidos do Centrão, mas manteve a pasta sob o comando do PT.
Lula diz que precisa de mais ‘agressividade’. A decisão reforça a presença de um quadro alinhado ao partido na condução das negociações políticas.
Quem é Gleisi Hoffmann?
No comando do PT desde 2017, Gleisi liderou a legenda em momentos críticos, como o avanço da Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff, a eleição de Jair Bolsonaro e a prisão de Lula por 580 dias.
Deputada federal pelo Paraná, teve papel relevante na campanha de 2022, mas permaneceu à frente do PT a pedido do presidente. Nos últimos dois anos, foi uma das principais conselheiras de Lula em decisões estratégicas.
A indicação ocorre em meio à sucessão interna do partido, que este ano escolherá uma nova liderança. Com Gleisi no governo, o presidente fortalece a ala mais à esquerda da legenda e reforça um perfil crítico ao mercado financeiro.
Ex-senadora entre 2011 e 2018, licenciou-se do cargo entre 2011 e 2014 para comandar a Casa Civil no primeiro governo de Dilma. Antes, teve atuação no movimento estudantil, formou-se em Direito, ocupou cargos no governo do Paraná e Mato Grosso do Sul e foi diretora financeira da Itaipu Binacional.
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