
O governo federal promove nesta quinta-feira (6) reuniões com empresários do setor de alimentos para debater a inflação dos produtos alimentícios. A iniciativa será conduzida pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O impacto da alta dos preços preocupa o Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê no tema um desafio direto à sua popularidade, uma vez que o custo da alimentação afeta diretamente o dia a dia da população. Especialistas consultados pelo g1 apontam que esse fator tem contribuído para a queda na aprovação do governo.
Quais medidas estão em estudo?
Alckmin coordena dois encontros ao longo do dia. Pela manhã, no gabinete da Vice-Presidência da República, estarão presentes ministros e integrantes da equipe econômica. A reunião contará com Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil; Carlos Fávaro (PSD-MT), da Agricultura; e Paulo Teixeira (PT-SP), do Desenvolvimento Agrário.
Também participam o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e assessores de Alckmin também estarão no encontro.
À tarde, os ministros se reúnem novamente, desta vez com representantes da cadeia produtiva de alimentos. São esperados executivos de setores como biocombustíveis, carnes, ovos, açúcar e álcool, óleos vegetais, supermercados, atacadistas e da indústria alimentícia.
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, as reuniões servirão para que o governo avalie sugestões recebidas na última semana de produtores rurais e empresários do varejo. Após esse encontro técnico, Lula deve convocar sua equipe para definir possíveis medidas.
Inflação dos alimentos deve desacelerar
Apesar da pressão atual sobre os preços, economistas ouvidos pelo g1 projetam um alívio ao longo de 2025. Em 2024, os alimentos ficaram 7,7% mais caros em relação ao ano anterior, segundo o IPCA, indicador oficial da inflação. No entanto, a expectativa é de desaceleração neste ano.
Em janeiro, a alta do grupo de alimentos no IPCA foi de 0,96%, menor que os 1,18% registrados em dezembro. Mesmo assim, o governo busca alternativas para conter os impactos da inflação no bolso do consumidor.
A indústria brasileira vai nas asas de um passarinho. A indústria brasileira vai nos beijos de um beija-flor. Em fevereiro/25, o índice global PMI, que mede a atividade da indústria e dos serviços, subiu para 53,0, com crescimento de vendas e retomada do crescimento da produção.… pic.twitter.com/lrOFDoZ647
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) March 5, 2025
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