A Polícia Federal (PF) tem se dedicado intensamente à investigação de um suposto plano de golpe de Estado, que teria sido tramado em 2022. As suspeitas recaem sobre membros do Exército, com atenção especial ao tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, cujo depoimento está sendo revisitado para cruzamento de dados e verificação de possíveis inconsistências. Até o momento, as provas apontam para um indiciamento do militar, que faz parte de um grupo de elite conhecido como “kids pretos”.
Este episódio ganha relevância política e jurídica significativas, dado o envolvimento de figuras de alto escalão nas Forças Armadas. Diligências foram conduzidas, na tentativa de esclarecer a participação de Azevedo e avaliar se existe fundamento adequado para inclusão de seu nome dentre os indiciados.
Quem são os “kids pretos” no contexto militar e como vai a investigação da tentativa de golpe?
O grupo dos “kids pretos” é uma unidade especial formada pelo Curso de Operações Especiais do Exército, preparada para cenários complexos, incluindo situações de guerra não convencional e contraterrorismo. Recebem o nome devido aos gorros pretos característicos usados em suas operações.
Os “kids pretos” são reconhecidos por suas habilidades em reconhecimento especial e combate a forças irregulares, além de missões em contextos politicamente sensíveis e perigosos. Este contexto militar levanta questionamentos sobre a possível aplicação de tais habilidades em um suposto plano de golpe.
A investigação está avançando para uma fase crítica, com a expectativa de que um relatório complementar seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Neste documento, incriminações adicionais poderão ser formalizadas, baseadas em evidências que continuam a ser coletadas e analisadas pela PF.
Fontes indicam que há contradições no depoimento do tenente-coronel Azevedo à equipe de investigação. O relatório apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR) já inclui 37 nomes, e a possibilidade de inclusão de Azevedo na lista final depende dos novos dados obtidos.
DEPOIMENTO | Segundo a PF, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, a partir de novembro de 2022, participou de “ações operacionais ilícitas” que, entre outras coisas, previam o assassinato do presidente Lula; do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. pic.twitter.com/Czi7y7d9HJ
— Agência Brasil (@agenciabrasil) November 28, 2024
Importância das operações especiais para a segurança nacional
O grupo “kids pretos”, embora atualmente sob investigação, desempenha um papel crucial na segurança nacional. Suas operações contribuem significativamente para a defesa contra ameaças reais e iminentes, o que destaca a gravidade das alegações de uso indevido de suas habilidades para fins clandestinos.
Com estas operações, os militares são capazes de oferecer uma resposta rápida e eficaz a crises de segurança, seja em território nacional ou em missões internacionais. Este aspecto da defesa é uma dimensão crítica da soberania e da integridade territorial brasileira.
O advogado de Azevedo, Jeffrey Chiquini, afirma a inocência de seu cliente, destacando que ele não participou nem tinha conhecimento de qualquer plano subversivo. A defesa permanece firme na alegação de que as habilidades especializadas de Azevedo estão voltadas apenas para situações legítimas envolvendo segurança nacional.