julgamento dos réus

Lula questiona pedidos de anistia e diz que envolvidos não se veem como inocentes

O presidente Lula voltou a se manifestar contra os pedidos de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista a radios de Minas Gerais – Crédito: Canal Lula/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se manifestar contra os pedidos de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Durante entrevista a rádios de Minas Gerais nesta quarta-feira (5), ele afirmou que a solicitação de perdão antes do fim do julgamento indica que os próprios acusados não confiam na própria inocência.

Publicidade

“Nem terminou o processo e as pessoas já querem anistia. Ou seja, elas não acreditam que são inocentes. Elas deveriam acreditar que são inocentes e não ficar pedindo anistia antes de o juiz determinar qual será a punição ou se haverá punição“, declarou Lula.

O presidente argumentou que a Justiça deve seguir seu curso e que não cabe aos acusados pedirem clemência antes mesmo da conclusão dos julgamentos. Segundo ele, “quando as pessoas não foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque as pessoas estão se condenando“.

O Congresso pode aprovar a anistia?

Deputados de oposição articulam a votação de um projeto de lei para conceder perdão às pessoas investigadas pelos atos de 8 de janeiro. O tema, no entanto, ainda não tem consenso entre os parlamentares e encontra resistência dentro da Câmara dos Deputados.

O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em entrevista à CNN que a proposta será tratada com cautela e que ainda não há uma definição sobre levá-la ao plenário. “Nós vamos procurar tratar esse assunto com muito cuidado, não há uma decisão tomada sobre pautar ou não pautar, nós vamos ouvir esses partidos“, disse.

A oposição pressiona pela aprovação do projeto e quer ampliar o alcance da anistia para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), permitindo que ele recupere seus direitos políticos. Já a base do governo trabalha para barrar qualquer avanço da proposta, defendendo que os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro sejam punidos conforme as decisões judiciais.

O impasse dentro do Congresso deve adiar qualquer avanço sobre o tema nas próximas semanas, enquanto governo e oposição tentam medir forças para decidir o destino da proposta.

Leia também: Governo lançará plataforma gratuita de streaming para filmes brasileiros

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.