Mauro Cid era um dos braços direitos de Bolsonaro durante seu mandato na Presidência. No entanto, o tenente fez um acordo de delação premiada com as autoridades em troca de uma pena menor. A PF investiga se ele e outros aliados de Bolsonaro se apropriaram indevidamente de joias presenteadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita.
O caso das joias
As regras brasileiras indicam que presentes de valor vindos de outros países fazem parte do acervo do Estado. Porém, a PF acredita que alguns conjuntos de joias passaram por uma tentativa de venda. De acordo com a PF, os itens foram omitidos do acervo público e vendidos para enriquecer o ex-presidente.
Dentre as peças procuradas estão um kit com relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro. O outro kit, de joias femininas, foi fiscalizado pela Receita Federal. Aliados de Bolsonaro disseram que as peças era para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A nova joia
Na semana passada, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, falou sobre a descoberta de um novo item que possivelmente fez parte do esquema. “Houve um encontro de um novo bem vendido ou tentado ser vendido no exterior. Tecnicamente tem o poder de robustecer a investigação que tem sido feita. Desde a apreensão no aeroporto, até hoje. Expectativa é concluir em junho [o inquérito da joia]“, declarou Andrei.
Rodrigues não confirmou a natureza do objeto, mas informou que o inquérito das joias deve ser finalizado em junho.