Pesquisa conduzida pela Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11), indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a aprovação de 52% dos eleitores; os que reprovam são 47% do total. A coleta de dados foi realizada entre os dias 4 e 9 de dezembro. A pesquisa possui uma margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos.
Comparando com o levantamento anterior realizado em outubro, observou-se ligeira oscilação nos números: o presidente ganhou um ponto percentual na aprovação, que antes era de 51%, enquanto a desaprovação aumentou dois pontos, passando de 45% para 47%.
Aprovação do presidente Lula por regiões do Brasil
O Nordeste continua sendo a região de maior apoio ao presidente Lula, com 67% dos nordestinos aprovando seu trabalho, embora tenha havido leve queda comparada aos 69% de outubro.
No Sudeste, a situação é inversa, com 53% dos entrevistados reprovando o presidente, um dado sem alterações significativas desde o último levantamento. O cenário no Sul mostra uma desaprovação de 52%, declínio de um ponto percentual em relação aos 53% anteriores.
No Centro-Oeste/Norte, a aprovação caiu para 48% (antes era 49%), enquanto a desaprovação aumentou para 50% comparado a 46% do levantamento anterior. Essas variações regionais refletem as complexas dinâmicas sociopolíticas e econômicas que influenciam a percepção pública sobre a atuação presidencial.
Aprovação de Lula por gênero e faixa etária?
O apoio a Lula é ligeiramente maior entre as mulheres, com 54% de aprovação, embora tenha caído um ponto percentual desde outubro. Entre os homens, o índice é um pouco menor, com 49% de aprovação.
Analisando por faixa etária, a aprovação entre os jovens de 16 a 34 anos caiu consideravelmente de 53% para 48%, enquanto entre os eleitores de 35 a 59 anos, o índice subiu para 52%.
Entre os eleitores mais velhos, de 60 anos ou mais, a aprovação aumentou visivelmente de 49% em outubro para 57% na pesquisa mais recente.
Renda, religião e escolaridade na avaliação do governo
A pesquisa sobre o governo Lula também abordou outros fatores demográficos, como renda familiar, religião e nível de escolaridade, na avaliação do governo.
Eleitores com renda de até dois salários mínimos expressaram maior apoio, com 63% de aprovação, enquanto aqueles com renda mais alta, acima de cinco salários mínimos, mostraram maior desaprovação, atingindo 59%.
No campo religioso, a aprovação entre católicos é de 56% e entre evangélicos alcança 42%. A reprovação atinge 42% e 56% respectivamente. Quanto ao nível de escolaridade, os que possuem ensino superior demonstraram maior desaprovação ao presidente, com 58% desaprovando seu trabalho.
Desafios do governo
A pesquisa da Quaest trouxe à tona também a percepção dos principais problemas enfrentados pelo país: a economia, apontada por 21% dos entrevistados como o maior desafio, seguida de perto pela violência (20%) e questões sociais (18%).
16/ Uma boa hipótese para essa piora na avaliação do Congresso é que o mercado acredita que a isenção do IR deve ser aprovada, mas a tributação de grandes fortunas e os dividendos não. Ou seja, o Congresso não parece mais ser visto pelo mercado como o ator fiscalista do país. pic.twitter.com/joiKRyIQgp
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) December 4, 2024
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