A Polícia Federal declarou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apuração da jornalista Andréia Sadi, Mauro Cid prestou depoimentos à PF nos últimos 20 dias. E agora, o Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado.
A delação premiada só passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há informações sobre qual será o foco da delação, porque Cid é investigado em mais de um caso.
O ex-ajudante de ordens é suspeito de participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita; Tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais; Participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente; Envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro; Envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.
Na última quarta-feira (6), Cid foi ao STF de livre e espontânea vontade confirmar que fará a delação.
O juiz Marco Antônio realizou uma audiência com Mauro Cid e seu advogado para verificar se o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) realmente quis fazer delação à Polícia Federal (PF). Agora, o ministro do STF Alexandre de Moraes vai analisar se homóloga ou não a delação.