O inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro deve ser finalizado ainda nesta semana. Com um extenso relatório de mais de 700 páginas, ele será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os diversos pontos abordados no documento, destaca-se a inclusão de conspirações golpistas que abrangem desde as eleições presidenciais de 2022 até os dias atuais, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Inquérito: STF e PGR
Uma vez entregue ao STF, caberá ao ministro Moraes decidir se tornará de modo público os dados do inquérito, considerando o interesse público e a segurança nacional. Esta decisão terá implicações significativas na forma como os processos judiciais se desenrolarão publicamente.
O relatório final, após a análise da Corte, será remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR), encarregada de avaliar os materiais e decidir se formalizará denúncias criminais contra os indiciados.
A PGR desempenhará um papel crucial na formulação das acusações legais, guiando o desenvolvimento de processos que podem influenciar a paisagem política em um nível estrutural significativo.
Trabalho investigativo da Polícia Federal
O trabalho investigativo resultou na prisão de quatro militares de alta patente do Exército. E também trouxe à tona planos mais ambiciosos, que incluíam ações violentas contra figuras de destaque da política brasileira, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro.
Quais são os crimes apontados no relatório dos atos golpistas
Entre as acusações mais graves direcionadas aos envolvidos, destacam-se crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, segundo o g1. Esses crimes, conforme apontado pelos documentos investigativos, representam um ataque sistêmico às instituições democráticas do país.
A gravidade dos atos golpistas torna o inquérito uma peça-chave para entender a extensão desses movimentos e garantir que justiça seja feita.
Perícia e a análise de material apreendido
Os materiais apreendidos durante as operações, relacionados ao plano para assassinar o presidente e outras lideranças, estão agora passando por minuciosa perícia.
Este processo tem como objetivo verificar a autenticidade dos dados e obter provas concretas que reforcem as acusações já feitas. Caso surjam indícios de outros envolvidos, um relatório complementar será preparado e adicionado ao inquérito principal em andamento no STF.
Nada é por acaso! O primeiro golpista a cometer ato terrorista com bombas foi o próprio Bolsonaro. pic.twitter.com/rEs7Rnijvi
— Ricardo Cloro 🇧🇷🟥🚩 (@CloroEquino) November 14, 2024
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