
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou demitir o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto após uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (23). A ação investiga uma suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes em aposentadorias e pensões. O afastamento foi determinado após pressão do Palácio do Planalto, que avalia que a crise pode impactar negativamente a imagem do governo.
Além de Stefanutto, outros cinco servidores também foram retirados de suas funções. A investigação aponta prejuízos de até R$ 6,3 bilhões causados por descontos irregulares em benefícios previdenciários. Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), as fraudes ocorreram entre 2019 e 2024.
Descontos indevidos no INSS: quem autorizou?
As apurações indicam que entidades investigadas cobravam mensalidades de aposentados e pensionistas sem que houvesse autorização. Os valores eram descontados diretamente dos benefícios pagos pelo INSS, configurando prática irregular. A operação foi realizada em 13 estados e no Distrito Federal.
A demissão de Stefanutto deverá ser oficializada por Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Social. A informação é de que uma nota oficial com o anúncio da saída deve ser divulgada ainda hoje. Inicialmente, Lupi tentou postergar o comunicado para evitar maior desgaste ao então presidente do INSS, conforme revelou o blog da Daniela Lima. No entanto, no entendimento do Planalto, a continuidade de Stefanutto no cargo é “impossível“.
Alessandro Stefanutto é servidor de carreira desde o ano 2000. Ele foi filiado ao PSB até recentemente, mas atualmente está no PDT, mesmo partido do ministro da Previdência. Foi indicado ao posto pelo próprio Lupi.
O caso é acompanhado de perto pelo núcleo político do governo, que teme o avanço das investigações e novos desdobramentos. A ordem no Executivo é agir com rapidez para conter os efeitos do escândalo e afastar qualquer suspeita de conivência ou omissão institucional.
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