"ESPIONAGEM"

Ramagem depõe à PF nesta quarta (17) sobre operação que investiga ‘Abin paralela’

O agora deputado federal era diretor da Agência Brasileira de Inteligência na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é investigado por supostamente ter usado o órgão para espionar ilegalmente desafetos do governo

Ramagem depõe à PF nesta quarta (17) sobre operação que investiga 'Abin paralela'
O deputado federal Aelxandre Ramagem (PL-RJ) prestará depoimento à PF nesta quarta-feira (17) – Crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal, prestará depoimento à Polícia Federal (PF), às 15h desta quarta-feira (17), a respeito da investigação da chamada “Abin paralela”. O parlamentar fluminense é pré-candidato a prefeito na cidade do Rio de Janeiro.

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Ramagem era diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é investigado por supostamente ter usado o órgão para espionar ilegalmente desafetos do governo.

Ramagem teria gravado reunião com Bolsonaro

De acordo com as investigações da PF, o grupo usou sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial. O deputado federal é apontado como o responsável por gravar uma reunião que teve o ex-presidente entre os participantes e se discutia o uso de órgãos públicos para interromper investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do então presidente.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou o sigilo da investigação, na segunda-feira (15), de uma gravação feita por Ramagem da reunião que contou com a participação também do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e com as advogadas do senador Flávio Bolsonaro.

Durante o encontro, ainda de acordo com as investigações, o grupo discutiu formas de usar órgãos oficiais para reverter investigação contra o senador do PL. A reunião ocorreu no dia 25 de agosto de 2020. Na época, Flávio era investigado por suspeita de rachadinha em seu gabinete durante o mandato de deputado estadual.

Renda do senador Flávio Bolsonaro

Servidores da Receita Federal estudaram movimentações do senador a partir de levantamentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf): os números apurados teriam mostrado incompatibilidade com a renda do senador.

Na reunião gravada, os participantes buscaram maneiras de desacreditar essas investigações usando órgãos do governo, de acordo com a Polícia Federal. Os participantes da reunião negam que tenham cometido qualquer irregularidade.

Também estavam presentes à reunião as advogadas Luciana Pires e Juliana Birrenbach, além Fábio Wajngarten – advogado do ex-presidente.

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