Walter Souza Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, foi preso em uma operação realizada pela Polícia Federal. A prisão aconteceu em meio a uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria como objetivo impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2024. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste sábado, 14, após audiência de custódia, manter a prisão preventiva do general da reserva.
A detenção foi solicitada pela Polícia Federal com apoio do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A justificativa para a prisão preventiva do general incluiu alegações de risco à ordem pública e de possíveis interferências nas investigações relacionadas aos eventos ocorridos.
↪️ @STF_oficial determina a prisão preventiva de general da reserva por envolvimento em tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal, que apontou a necessidade de garantir a ordem pública e evitar prejuízo às investigações:… pic.twitter.com/yx60Khx2GG
— STF (@STF_oficial) December 14, 2024
Prisão de Braga Netto após operação e audiência de custódia
A prisão é parte de um processo em que Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal, investigado por suposta participação em um complô que visava impedir a posse do presidente eleito. Os investigadores alegam que ele atrapalhou as apurações e representava uma ameaça à segurança pública. A defesa do general, entretanto, reiterou que ele não cometeu nenhum ato de obstrução à justiça, afirmando que demonstrará isso nos autos do processo.
Os órgãos de investigação afirmaram que o general da reserva teria pressionado membros das Forças Armadas a participarem da planejada ação golpista. Além disso, mencionaram suas tentativas de obter informações sigilosas e coordenar atividades ilegais.
A prisão de Braga Netto ocorreu em sua residência, localizada em Copacabana, Rio de Janeiro. Os agentes da Polícia Federal chegaram ao local durante as primeiras horas da manhã e permaneceram até a execução das apreensões necessárias, incluindo documentos e dispositivos eletrônicos do ex-ministro. Em seguida, o general foi conduzido à sede da Polícia Federal e, posteriormente, à Vila Militar.
O que diz a defesa de Braga Netto?
Os advogados de Braga Netto emitiram um comunicado no qual asseguram que tomarão as medidas necessárias para demonstrar a inocência do general. Ressaltam que apenas tiveram acesso parcial à decisão judicial em questão e que agirão respeitando o devido processo legal. A defesa confia na futura demonstração de que não houve qualquer interferência no andamento das investigações realizadas pela Polícia Federal.