O cenário político e jurídico brasileiro está com os olhos voltados para o Supremo Tribunal Federal (STF), que na próxima terça-feira (18), iniciará um dos julgamentos mais esperados dos últimos anos. A Primeira Turma do STF analisará a denúncia contra indivíduos supostamente envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.
Dentre os acusados estão figuras de notoriedade pública, como Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União-RJ. Além deles, Rivaldo Barbosa, ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também enfrenta acusações. Todos encontram-se detidos desde março por conta das investigações relacionadas ao caso.
Quem são os acusados no Caso Marielle Franco?
Os olhos da nação estarão focados em figuras como Ronald Paulo Alves Pereira, ex-major da Polícia, e Robson Calixto Fonseca, apelidado de Peixe, envolvidos nas investigações. Ronald é acusado de ter monitorado Marielle antes do crime, enquanto Robson é implicado apenas nas acusações relacionadas à organização criminosa responsável pelo ato.
Segundo as autoridades, o assassinato teria sido arquitetado pelos irmãos Brazão, com apoio decisivo de Barbosa, e tinha como motivação proteger os interesses de milícias e coibir a atuação política de Marielle, que era uma voz ativa contra esses grupos no PSOL. A acusação se fortalece com a delação premiada de Ronnie Lessa, outro réu que confessou sua participação nos homicídios.
O julgamento está agendado para começar às 14h30, sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Após a leitura do relatório que resume a tramitação do caso, será a vez de ouvir os argumentos da Procuradoria-Geral da República, seguidos pelas defesas dos acusados, que terão até uma hora para apresentar suas alegações.
Qual a posição das defesas dos acusados?
As estratégias de defesa já foram delineadas e apresentam pontos variados. A defesa de Domingos Brazão pede a rejeição da denúncia por falta de provas e questiona a competência do STF para julgar o caso, devido à participação de um parlamentar federal. Por outro lado, a defesa de Rivaldo Barbosa alega total desconexão dele com o crime, enquanto Robson Calixto e Ronald Pereira desqualificam as evidências apontadas contra eles.
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