
Nesta segunda-feira (19), o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi diplomado aos gritos de “mito”, durante solenidade realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A cerimônia, realizada na Sala São Paulo, também diplomou o vice-governador eleito, Felicio Ramuth (PSD) e o senador eleito Marcos Pontes (PL), além de 70 deputados federais do Estado e 94 estaduais.
Durante a entrega do diploma, Tarcísio foi aplaudido e ovacionado pelos deputados de partidos aliados. Parte da plateia puxou o coro de “mito”, termo também usado por seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para se referir ao mandatário. O evento não prevê discurso e o governador eleito saiu sem falar com a imprensa.
Tarcísio foi escolhido pelo presidente para disputar o governo paulista e venceu a eleição no segundo turno, derrotando o petista Fernando Haddad, agora nomeado ministro da Fazenda do futuro governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na abertura da diplomação, o presidente do TRE-SP, Paulo Sérgio Galizia, defendeu o resultado das urnas, questionado em atos antidemocráticos. “A Justiça Eleitoral não admite pressões ou ameaças, venham elas de onde vierem. (…) Só deve obediência à democracia da qual é sua incansável guardiã. A Justiça Eleitoral jamais presta contas aos poderosos, só presta contas à cidadania brasileira”, disse.
O pronunciamento foi visto como um recado aos bolsonaristas. Entre os presentes no palco estavam os deputados federais eleitos Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Ricardo Salles (PL-SP) e Mário Frias (PL-SP). Ao serem chamados a receber o diploma, os três ouviram fortes aplausos e vaias da plateia composta por convidados.
Além deles, parlamentares do União Brasil, como Kim Kataguiri e Rosângela Moro, também foram vaiados. Já a deputada federal Carla Zambelli (PL) não estava presente. Zambelli enfrenta pedidos de cassação na Câmara.
No evento, a Justiça Eleitoral habilita os eleitos a assumirem seus mandatos em janeiro de 2023. Candidaturas com contas questionadas, por exemplo, ainda podem ser punidas se houver abertura posterior de ação de investigação pelo Ministério Público Eleitoral.
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