A administradora de empresas Jeniffer Castro, ficou famosa, de forma repentina, ao negar o assento do avião a uma criança. O vídeo, gravado sem a autorização da jovem, ganhou grande repercussão nos últimos dias. Além disso, propiciou análises sobre o comportamento da mãe da criança em relação a lidar com as exigências do filho, que queria sentar exatamente naquele lugar – que pertencia a outra pessoa. O assunto também gerou debates sobre o comportamento de Jeniffer: ela agiu errado quando não cedeu seu lugar para uma criança?
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Além de apoiar Jeniffer, muitos usuários também passaram a criticar a família envolvida. Internautas afirmaram que o comportamento, classificado como ‘birrento’, acontece devido a uma suposta falta de limites dos pais.
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Especialistas analisam caso do assento no avião
Conversamos com a Dra.Leninha Wagner, que é PhD em neurociências, possui formação em neuropsicologia e Mestre em Psicanálise sobre o assunto. Primeiramente, a especialista afirma que há dificuldade da mãe em gerenciar expectativas da criança em uma situação adversa. Além disso, faltou planejamento: “Reservar antecipadamente o assento desejado teria evitado o conflito. Além disso, expor publicamente a passageira como culpada pode refletir uma estratégia inadequada de lidar com a própria frustração, projetando a responsabilidade para terceiros”.
Ela afirma que esta seria uma oportunidade de ensinar o filho a lidar com limites e frustrações. “ Crianças frequentemente têm dificuldade em lidar com frustrações, especialmente em ambientes desconhecidos ou estressantes, como um voo. Contudo, momentos como esse podem ser transformados em oportunidades educativas.”
Por fim, a especialista explica que a passageira exerceu seu direito. “Embora trocar de assento pudesse demonstrar empatia, sua recusa não representa falta de compaixão, mas sim uma definição clara de limites pessoais.”
Já a especialista em bem-estar e saúde feminina, Juliana Carneiro, analisa a situação sob a ótica do que as pessoas esperam das mulheres: “O vídeo da passageira viralizou porque ela fez algo inesperado para muitas mulheres: impôs seus limites, foi leal a si mesma, ao seu direito de permanecer sentada no assento que pagou”, afirma. Segundo Juliana, essa simples atitude foi disruptiva para uma cultura em que as mulheres não têm hábito de colocar seu bem-estar na frente dos outros.
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