A busca por procedimentos estéticos menos invasivos tem levado muitos a optarem pela hidrolipo, também conhecida como lipoaspiração tumescente. Apesar de ser considerada menos agressiva, essa técnica apresenta riscos significativos, como evidenciado pelo caso da empresária Paloma Lopes Alves, de 31 anos, que morreu em São Paulo, na última terça-feira (26).
Paloma realizou uma hidrolipo na clínica Maná Day, localizada no Tatuapé, zona leste da capital paulista. O procedimento, conduzido pelo médico Josias Caetano, visava remover gordura das costas e do abdômen. Durante a intervenção, Paloma sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde chegou sem vida. A suspeita inicial aponta para uma embolia pulmonar como causa do óbito.
A hidrolipo utiliza anestesia local e uma solução salina para facilitar a remoção de gordura localizada. Embora seja considerada menos invasiva, apresenta riscos semelhantes aos da lipoaspiração convencional. O cirurgião plástico Dr. Alexandre Kataoka, perito do IMESC e diretor de comunicação do CREMESP, alerta: “Muitos médicos usam essa nomenclatura para passar uma ilusória impressão de ser um procedimento ‘mais seguro’.”
Quais são os principais riscos da hidrolipo?
Entre as complicações associadas à hidrolipo estão infecções, sangramentos, hematomas, alterações na sensibilidade da pele, irregularidades no contorno corporal, perfuração de órgãos internos, tromboembolismo venoso e embolia pulmonar. Problemas anestésicos também podem ocorrer, especialmente relacionados à dosagem inadequada de anestésicos locais. Dr. Kataoka enfatiza que “seguir rigorosamente as orientações médicas e escolher profissionais qualificados são passos fundamentais para aumentar a segurança e eficácia da lipoaspiração e procedimentos estéticos similares.”
Como minimizar os riscos?
Para reduzir as chances de complicações, é essencial escolher um cirurgião plástico devidamente treinado e certificado. Dr. Kataoka recomenda “sempre pesquisar no site do CRM do estado se o profissional tem registro no conselho e registro de qualificação de especialista em cirurgia plástica.” Além disso, o procedimento deve ser realizado em salas equipadas para atender a possíveis intercorrências e que estejam em conformidade com as autoridades sanitárias competentes. Uma avaliação pré-operatória completa, incluindo exames físicos e laboratoriais, é crucial para identificar condições que possam aumentar o risco de complicações.
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