No Brasil, 81,3% das mulheres de 25 a 64 anos de idade disseram, em 2019, ter feito o exame preventivo de câncer de colo de útero nos últimos três anos. A informação, divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (22), consta do Boletim Epidemiológico sobre a Prevalência de Realização de Exame Preventivo desse tipo de câncer.
O estudo baseia-se em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. O levantamento, feito de agosto de 2019 a março de 2020, reúne dados por unidades da federação, região, escolaridade, raça/cor, rendimento/renda per capita, entre outros.
“O perfil epidemiológico apontou desigualdades sociais e econômicas para a realização de exames preventivos, sendo menos realizados por mulheres que se declararam pardas, com menores índices de escolaridade e renda, além de desigualdades regionais”, diz o boletim.
Meta
A meta do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011 – 2022, elaborado pelo ministério, é aumentar a cobertura de Papanicolau em mulheres de 25 a 64 anos de idade nos últimos três anos para 85%.
Sobre a doença
O câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), e os fatores que aumentam o risco de desenvolvê-lo são início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. Para o controle são recomendadas ações de prevenção, detecção precoce e acesso ao tratamento. O diagnóstico precoce compreende o rastreamento, com vistas a encontrar o câncer pré-clínico ou as lesões pré-cancerígensa, além,do diagnóstico precoce para identificar a doença em estágio inicial..
A realização da citologia oncótica, também conhecida como Papanicolau ou exame citopatológico, é a principal estratégia para detectar as lesões precursoras. No Brasil, a recomendação para o rastreamento é a realização do exame por mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram relação sexual. Eles devem ser realizados com intervalo anual e, após dois resultados negativos, a cada três anos.
(Agência Brasil)