A recente notícia da terceira gravidez de Gisele Bündchen trouxe à tona debates sobre a gestação após os 40 anos. Esse fenômeno na maternidade, cada vez mais comum, está relacionado a diversos fatores sociais e médicos. O aumento da idade média para o primeiro filho é uma tendência observada nos últimos anos, impulsionada por motivos como a busca pela ascensão profissional e a estabilidade financeira.
Segundo especialistas, a medicina reprodutiva tem desempenhado um papel crucial nesse cenário. As mulheres têm adiado a maternidade graças aos avanços tecnológicos e ao acesso a técnicas de reprodução assistida. Contudo, é importante entender os desafios e cuidados associados às gestações em idade mais avançada.
Quais são as opções de reprodução assistida?
Com o avanço da idade, as chances de engravidar naturalmente diminuem, especialmente após os 35 anos. Como resultado, procedimentos de fertilização assistida tornam-se opções viáveis. Entre essas técnicas, a inseminação artificial é a mais difundida. Esse método, de baixa complexidade, envolve a preparação da mulher para aumentar as chances de ovulação e a inseminação do sêmen no útero, promovendo a fecundação.
Por outro lado, a fertilização in vitro (FIV) oferece um nível mais alto de intervenção. Nessa abordagem, os óvulos e o sêmen são recolhidos e combinados em laboratório. Após a formação do embrião, ele é transferido para o útero, aumentando as chances de sucesso em casos de fertilidade reduzida.
Desafios e cuidados na gestação tardia
A gravidez após os 40 anos é considerada de alto risco devido ao aumento da probabilidade de complicações. Problemas como síndromes cromossômicas, abortos espontâneos, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional são mais prevalentes nessa faixa etária. Esses riscos exigem um acompanhamento pré-natal minucioso, com avaliações médicas frequentes e um controle rigoroso de condições de saúde como hipertensão e diabetes.
Além disso, a saúde da mãe deve ser gerida de forma abrangente. A manutenção de um peso saudável, controle da pressão arterial e inspeção dos níveis de glicose são essenciais. A dieta deve ser equilibrada e exames específicos devem ser realizados para detectar malformações e monitorar o desenvolvimento fetal.
Maternidade tardia: novas perspectivas e terminologias
Termos como “gravidez geriátrica” têm sido criticados por sua inadequação. Historicamente usados para descrever gravidezes em mulheres acima de 35 anos, esses termos estão caindo em desuso à medida que o padrão de idade para a maternidade se altera. Hoje, a maioria das mulheres busca engravidar em uma idade em que se sentem mais seguras e preparadas, tanto econômica quanto emocionalmente.
Importa enfatizar que, apesar dos desafios, muitas gestações tardias transcorrerem sem complicações quando acompanhadas de perto. Com um pré-natal adequado e suporte médico qualificado, a experiência de ser mãe pode ser plenamente realizada, independentemente da idade.
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