PROCEDIMENTO INÉDITO

Mulher com câncer ginecológico reposiciona útero e engravida

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Gravidez – Créditos: depositphotos.com / photomim

O câncer de colo de útero representa um dos tumores malignos mais comuns entre as mulheres, com impactos profundos na vida das pacientes. É uma doença que muitas vezes requer decisões médicas que afetam diretamente o sonho de ser mãe. A história de Angélica Hodecker serve como um exemplo de como os avanços médicos estão transformando essas decisões complexas e oferecendo novas esperanças.

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Angélica, uma jovem de 30 anos, recém-casada e sem filhos, enfrentou a dura realidade de um diagnóstico de câncer de colo de útero. Com o desejo inabalável de ser mãe, ela precisou considerar opções de tratamento que ameaçavam seu sonho. A decisão inicial de remover o útero e outros órgãos reprodutivos era radical, mas necessária para conter a progressão da doença.

Quais são as opções de tratamento para preservar a fertilidade?

Confrontada com essas opções drásticas, Angélica buscou alternativas menos invasivas. A conização, que remove apenas a parte doente do colo do útero, foi a primeira tentativa de preservar os órgãos reprodutivos. No entanto, quando esta não se mostrou suficiente, a quimioterapia e a radioterapia pélvica se tornaram inevitáveis, culminando na infertilidade. Contudo, métodos como o congelamento de óvulos oferecem a possibilidade de maternidade através de uma barriga de substituição.

Transposição uterina diante do câncer

Numa busca incessante por preservar a fertilidade, Angélica se deparou com uma técnica ainda experimental: a transposição uterina. Desenvolvida pelo cirurgião Reitan Ribeiro, essa cirurgia inovadora reposiciona temporariamente o útero e outros órgãos reprodutivos, protegendo-os dos efeitos da radioterapia. Esta técnica, ainda em fase de testes, trouxe uma nova esperança, permitindo que mulheres submetidas a tratamentos agressivos mantenham a capacidade de engravidar no futuro.

  • A transposição uterina se tornou uma opção viável para certas pacientes específicas.
  • Não é indicada para todas as mulheres, mas oferece uma alternativa significativa para aquelas cuja doença não atinge o útero.
  • A cirurgia precisa ser seguida por uma radioterapia rápida, minimizando o atraso no tratamento do câncer.

Após o procedimento, as pacientes como Angélica enfrentam um caminho de incertezas, mas também de esperança. Após passar pela cirurgia e subsequente tratamento de câncer, Angélica realizou o acompanhamento necessário para garantir que o câncer estivesse em remissão. Surpreendentemente, ela conseguiu engravidar naturalmente após o tratamento, apesar das dificuldades fisiológicas identificadas. Este sucesso inesperado não só trouxe felicidade pessoal como também alimentou a literatura científica com um estudo de caso inédito.

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