O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará por outro procedimento médico na manhã desta quinta-feira (12). Chamada de embolização da artéria meníngea média, a técnica serve para complementar a cirurgia na cabeça realizada na última terça (10).
Lula foi internado na segunda para tirar um coágulo que se formou na cabeça após seu acidente doméstico em outubro. A retirada foi feita com sucesso. O novo procedimento irá evitar outros sangramentos.
Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares, explica que a embolização é um procedimento mais simples que a cirurgia anterior. “Ela é feita por cateterismo, então não tem incisão. É um pulsão que a gente faz até chegar na artéria que geralmente irriga a cápsula responsável pelo sangramento que o presidente teve. Ou a gente faz via artéria femoral, com uma punção na virilha, ou via artéria radial, que é quando a gente faz uma punção no braço. Uma vez que a gente está dentro dessa artéria, injetamos a substância para poder fechá-la e tirar a irrigação da cápsula. Esse procedimento diminui muito a reincidência do hematoma subdural crônico”.
Diante da natureza do procedimento, a recuperação é tranquila. De acordo com Espíndola, a principal preocupação dos médicos costuma ser a localização onde a artéria passou pela punção.
“Não dói, não tem sequelas. É um procedimento simples, de risco baixo e muito efetivo”, afirma. Isso porque a embolização não trabalha nas artérias que irrigam o cérebro, mas sim nas do rosto. “A taxa de sucesso terêpeutico é muito alta. Se fosse só a embolização, 48 horas depois ele já estaria liberado para trabalhar e fazer atividades mais leves”.
Similarmente, o médico de Lula, Dr. Roberto Kalil, afirmou a jornalistas na tarde desta quarta-feira (11) que o novo procedimento a ser realizado já estava previsto em complemento à cirurgia anterior.
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