Nesta terça-feira (2), um novo tratamento para pacientes com Alzheimer, conhecido pelo nome comercial de Kisunla, foi aprovado nos Estados Unidos. Ele promete mudar o cenário do tratamento desta complexa doença. Desenvolvida pela empresa farmacêutica Eli Lilly, a droga foi aprovada após demonstrar resultados significativos em retardar o declínio cognitivo em estágios iniciais de Alzheimer.
A nova medicação atua diretamente nos primeiros estágios de comprometimento cognitivo leve e demência leve, reduzindo a taxa de declínio cognitivo e funcional. Um dos principais focos deste tratamento é o combate à acumulação da proteína beta-amiloide, que forma placas entre as células cerebrais, um dos indicadores chave do Alzheimer.
Kisunla, que inicialmente será vendido a um preço que varia entre 12 e 48 mil dólares, teve seus resultados publicados na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association). Anne White, presidente de neurociência da Lilly destacou que este estudo ressalta a importância do diagnóstico precoce para alterar a trajetória da doença.
Com uma análise detalhada dos benefícios, especialistas estão otimistas quanto às possibilidades que se abrem para tratamentos futuros.
Quais são os próximos passos para o medicamento para Alzheimer?
A FDA, agência reguladora de medicamentos nos EUA, aprovou o Kisunla após um estudo clínico que envolveu 1.736 pacientes e demonstrou uma redução da progressão do Alzheimer em 60% nos casos leves. Esse marco na regulamentação foi recebido com uma resposta positiva do mercado e da comunidade científica, graças também ao rigoroso controle de efeitos colaterais, como inchaço cerebral, que foram gerenciados cuidadosamente durante os testes.
Apesar dos avanços nos Estados Unidos, a situação no Brasil ainda permanece em aberto. A Eli Lilly do Brasil submeteu o Kisunla para avaliação da Anvisa em outubro de 2023. Contudo, ainda não há uma data confirmada para a chegada do medicamento ao país. Caso seja aprovado, o Kisunla ainda deve enfrentar diversos processos judiciais e regulatórios para começar a ser comercializado.
Um remédio pra retardar o alzheimer, uma vacina contra dengue, um aparelho que consegue fazer uma pessoa paraplégica andar. Como não se emocionar vendo a ciência a favor da humanidade?
— Isabela (@isabelasantiago) December 30, 2023