O refluxo gastroesofágico é uma condição comum que afeta cerca de 20% da população mundial, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia. No Brasil, aproximadamente 50 milhões de pessoas convivem com esse diagnóstico. Esse transtorno ocorre quando o conteúdo do estômago, composto por alimentos e ácidos, retorna para o esôfago, causando desconforto e diversos sintomas. A frequência e intensidade do refluxo podem variar, sendo intensificadas em épocas de grande consumo alimentar, como nas festividades de fim de ano.
A escolha dos alimentos tem um impacto significativo no manejo do refluxo gastroesofágico. Bebidas alcoólicas, como cervejas e espumantes, devem ser ingeridas com cautela, já que irritam o aparelho digestivo devido ao gás e ao teor alcoólico. Outro grupo de alimentos a serem evitados são as carnes gordurosas, como pernil, pato e costela, além de itens como maionese e salpicão, devido ao seu alto teor de gordura.
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— Federação Brasileira de Gastroenterologia (@GastroFBG) April 25, 2019
Nozes e castanhas, embora sejam frequentemente vistas como opções saudáveis, também podem contribuir para o refluxo devido à gordura que contêm. Sobremesas, especialmente aquelas à base de chantilly, creme de leite, rabanada e panetone, não são recomendadas para pacientes com refluxo severo, como destacado pelo gastrocirurgião Dr. Eduardo Grecco a Bons Fluidos.
Quais são os sintomas do refluxo gastroesofágico?
Os sintomas mais comuns do refluxo gastroesofágico incluem queimação no estômago, azia, dor no peito, enjoo, regurgitação e tosse. Pigarro constante e a sensação de garganta arranhando também são frequentemente relatados por aqueles que sofrem dessa condição. Esses sintomas ocorrem devido ao retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, que é menos protegido contra a acidez.
Reconhecer esses sintomas é crucial para buscar tratamento adequado, pois a exposição prolongada do esôfago aos ácidos estomacais pode levar a complicações mais sérias.
O tratamento medicamentoso é a melhor solução?
Embora muitas pessoas procurem alívio imediato para o refluxo através do uso de medicamentos antiácidos, essa pode não ser a melhor solução a longo prazo. O uso indiscriminado e prolongado desses medicamentos pode mascarar problemas subjacentes e sobrecarregar órgãos como o fígado e os rins.
O diagnóstico preciso e o tratamento adequado, muitas vezes sob orientação médica, são essenciais. Uma abordagem mais eficaz envolve mudanças no estilo de vida e na dieta, além do uso de medicamentos somente quando necessário e sob supervisão.
Refluxo gastroesofágico pode ser controlado apenas com mudanças na dieta?
Modificar hábitos alimentares é um passo significativo no controle do refluxo gastroesofágico, mas nem sempre é suficiente por si só. Reduzir ou eliminar o consumo de alimentos que agravam os sintomas pode ajudar, mas outros fatores, como o manejo do estresse e um padrão regular de sono, também desempenham papéis importantes.
Segundo Bons Fluidos, muitos pacientes encontram alívio com uma combinação de ajustes na dieta, mudanças no estilo de vida, e tratamentos médicos. Consultar um especialista pode auxiliar na criação de um plano de tratamento personalizado que aborde todas essas áreas.