Fernando Haddad (PT) disse nesta sexta-feira (25) a uma plateia de banqueiros que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a reforma tributária entre suas prioridades. Haddad é um dos nome cotados para chefiar o Ministério da Economia do presidente eleito. Ele completou dizendo que Lula não tomará decisões sem antes dialogar com mais Poderes e setores da sociedade.
Haddad participou do almoço anual de dirigentes de bancos organizado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) em São Paulo. Ele representava o presidente Lula que ainda se recupera do procedimento médico pelo qual passou na semana passada. O evento reuniu representantes dos comitês executivos, autoridades e CEOs dos principais bancos do país.
Fernando Haddad declarou que “A determinação clara do presidente Lula é que nós possamos dar logo no início do próximo governo uma prioridade total à reforma tributária“. Completou dizendo: “Me parece que o presidente Lula vai dar uma prioridade no ano que vem à aprovação dessa primeira etapa da reforma tributária, que diz respeito a alguns tributos, mas na sequência pretende encaminhar uma proposta de reformulação dos impostos sobre renda e patrimônio para completar o ciclo de reforma dos tributos no Brasil“.
O discurso do político durou cerca de trinta minutos e foi sequência ao do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Desde o Início, Haddad esclareceu que estava a serviço e representando o presidente eleito. “Fui convidado pelo presidente da Febraban para participar. Declinei do convite na terça-feira, mas ontem recebi um pedido do presidente Lula para representá-lo neste evento. Estarei falando em nome dele, e não em meu próprio nome” reforçou.
Apuração do UOL apontou que o Partido dos Trabalhadores de Lula pensa em combinar a equipe de Haddad com o economista Pérsio Arida, um dos criadores do Plano Real que faz parte da equipe de transição do governo. Enquanto o ex-prefeito de São Paulo comandaria a pasta da Economia, Arida seria secretário-executivo do ministério ou ficaria à frente o Ministério do Planejamento.
O evento foi apontado como uma forma de “testar” seu nome para o setor econômico. Se é parte de um teste, então, o mercado financeiro reagiu mal às indicações de que o professor possa ser parte da equipe econômica do governo. Haddad ainda é visto pelos banqueiros e investidores como alguém sem muita experiência técnica e adepto da flexibilização de regras fiscais