Anatel está preocupada com brasileiros que recebem SMS no celular

Anatel
Anatel – Créditos: depositphotos.com / pressmaster

As Estações Rádio Base (ERBs) falsas, também conhecidas como antenas clandestinas, são equipamentos que simulam o funcionamento de torres de telefonia celular legítimas. Elas têm a capacidade de capturar sinais de celulares em áreas específicas e enviar mensagens fraudulentas, explorando vulnerabilidades nas redes de telecomunicações. Este tipo de operação não somente viola leis de telecomunicações vigentes, mas também representa uma ameaça à segurança dos usuários ao facilitar a prática de golpes virtuais.

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Esses dispositivos não homologados emitem radiofrequência sem autorização, efetivamente “sequestrando” temporariamente o sinal de dispositivos próximos. Isso é frequentemente utilizado por criminosos para enganar usuários com mensagens de texto contendo links maliciosos. As mensagens podem parecer alertas de dívidas, promoções falsas ou até problemas bancários, buscando induzir o usuário a clicar e fornecer informações pessoais ou bancárias.

Como funcionam as ERBs Falsas?

No momento em que um celular se conecta a uma ERB falsa, os criminosos aproveitam a oportunidade para enviar SMS fraudulentos. Esses equipamentos exploram particularmente as falhas existentes em redes mais antigas, como a 2G, que ainda são amplamente usadas. Através deste método, os cibercriminosos conseguem disseminar informações enganosas e potencialmente capturar dados valiosos dos usuários desavisados.

Além de causar transtornos pessoais aos indivíduos, essas antenas clandestinas podem interferir nos serviços de telecomunicações de interesse público. As autoridades enfrentam um desafio significativo na identificação e apreensão desses dispositivos, dada a sua capacidade de se locomoverem facilmente ou se esconderem em locais menos visíveis.

Quais são os impactos e desafios para a segurança pública?

A utilização de ERBs falsas não somente infringe a Lei Geral de Telecomunicações, que proíbe serviços não autorizados, mas também coloca em risco a segurança pública. A identificação dessas estações é intrincada devido à necessidade de métodos específicos de detecção, como medidores de espectro, o que torna o processo de rastreamento e localização uma tarefa complexa para as autoridades.

Casos recentes em São Paulo exemplificaram essa dificuldade. Desde julho de 2024, houve incidentes envolvendo veículos identificados pelas autoridades, contendo ERBs fakes. A detecção e posterior apreensão desses dispositivos contaram com a colaboração da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as forças policiais, destacando a necessidade de uma abordagem colaborativa entre diferentes entidades.

Antena – Créditos: depositphotos.com / fabiovolpe

Como os usuários podem se proteger?

Para mitigar o impacto das ERBs falsas, é crucial que os usuários de telecomunicações permaneçam vigilantes. Medidas de precaução incluem a desconfiança de mensagens de texto suspeitas e a evitação de clicar em links de fontes não verificadas. A conscientização do usuário sobre os riscos associados a essas redes falsas é essencial para deter esta prática criminosa.

As operadoras de telecomunicações, por sua vez, têm intensificado o aprimoramento de suas redes para detectar emissões não autorizadas. No entanto, a responsabilidade da segurança não pode ser apenas das empresas e das autoridades — a colaboração ativa dos consumidores é vital para reduzir a eficácia desses golpes e proteger informações sensíveis.

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