desvalorização

Criptomoeda da “foto da íris” perde metade do valor desde lançamento

valor da criptomoeda distribuída pelo projeto World caiu cerca de 50% desde que a iniciativa começou a operar no Brasil.
World, iniciativa que envolve registro de íris em troca de criptomoedas, atraiu centenas de milhares de brasileiros – Crédito: Reprodução/TV Globo

O valor da criptomoeda distribuída pelo projeto World caiu cerca de 50% desde que a iniciativa começou a operar no Brasil. A desvalorização afeta diretamente os ganhos de quem se cadastrou, pois os pagamentos são feitos em duas etapas: uma parte logo após o escaneamento da íris e o restante ao longo de um ano.

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No dia 13 de novembro, quando os registros começaram no país, a Worldcoin era cotada a R$ 13, segundo a plataforma CoinMarketCap, que monitora o mercado de criptomoedas. Em dezembro, chegou a valer quase R$ 24. Porém, até a última sexta-feira (7), o valor girava em torno de R$ 5.

 

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Por que a criptomoeda perdeu valor?

Segundo especialistas, a queda está ligada a diferentes fatores. Entre eles, há questões jurídicas enfrentadas pelo projeto e incertezas na economia dos Estados Unidos, que impactam o mercado de criptomoedas como um todo.

A Worldcoin foi criada em 2023 como a moeda utilizada pela World para recompensar quem aceita ter sua íris escaneada. A startup afirma que a tecnologia pode servir, no futuro, para diferenciar humanos de robôs e evitar fraudes digitais.

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No Brasil, a possibilidade de ganhar dinheiro atraiu milhares de pessoas, principalmente na periferia de São Paulo. No entanto, em 11 de fevereiro, a empresa suspendeu os cadastros no país após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados vetar os pagamentos para novos usuários, alegando que isso poderia influenciar a decisão de participação no projeto.

Como funcionam os pagamentos?

Cada participante que teve a íris escaneada recebeu 48 unidades da criptomoeda de forma parcelada: 20 moedas foram liberadas 24 horas após o cadastro, enquanto as 28 restantes são distribuídas mensalmente ao longo de um ano, em quantidades que variam de 2 a 3 por mês.

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Dentro do aplicativo da World, onde ocorre o agendamento e o armazenamento do código da íris, há também uma carteira digital para gerenciar as criptomoedas. Os usuários podem converter os valores em reais e transferi-los para uma conta bancária, mediante pagamento de taxas.

A Worldcoin pode ser negociada em grandes corretoras de criptomoedas, e qualquer pessoa pode comprá-la, mesmo sem ter participado do projeto.

Leia também: Levantam golpe? Brasileiros que ‘venderam’ íris relatam dificuldade de receber pagamento

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