No início desta semana, a Meta, a gigante tecnológica por trás de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, embarcou em um processo de demissões em larga escala, que pode afetar até 3.600 colaboradores em diversas partes do mundo. O anúncio, que foi inicialmente reportado pelo site Business Insider, reflete uma estratégia previamente delineada pela empresa, conforme instruções internas divulgadas pela chefe de recursos humanos, Janelle Gale.
Esta série de demissões não veio como surpresa, já que relatos da Reuters mencionaram um documento da companhia citando critérios de desempenho como base das reduções. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já havia sinalizado em janeiro que cerca de 5% da força de trabalho global, composta por 72 mil funcionários, poderia ser desligada devido a desempenhos considerados insatisfatórios.
Quem Será Afetado Pelas Demissões?
Conforme apontado por fontes internas, a decisão de reduzir o quadro de pessoal está em linha com o planejamento estratégico da Meta. Entre os 72 mil colaboradores, cerca de 3.600 enfrentam o risco de demissão. No entanto, um aspecto interessante é a exceção de certos países. Em locais como Alemanha, França, Itália e Holanda, legislações locais protegem os trabalhadores contra tais cortes abruptos, resultando em que as notificações de demissão nesses países não sejam aplicadas.
O ponto de partida para o envio das comunicações de demissão variou, mas ocorreria entre 11 e 18 de fevereiro. No entanto, a Meta ainda não divulgou informações específicas sobre como essas medidas podem impactar suas operações no Brasil.
Meta procura Especialistas em Aprendizado de Máquina
Enquanto a Meta encolhe seu quadro de funcionários em algumas áreas, a empresa está abrindo novas frentes ao buscar talentos em aprendizado de máquina. Peng Fan, vice-presidente de Engenharia para Monetização, destacou que a Meta está intensificando os esforços de recrutamento para essas posições críticas. O objetivo é preencher rapidamente essas funções, com o período de contratação programado para os dias 11 de fevereiro a 13 de março.
Este movimento sinaliza um foco estratégico em áreas consideradas vitais para o futuro dos negócios da Meta. Além disso, Fan encorajou os atuais funcionários a participarem ativamente do processo de seleção, na intenção de trazer profissionais capacitadas que possam alavancar as operações da empresa.
Qual o Futuro da Força de Trabalho na Meta?
As mudanças recentes na Meta levantam questões sobre a direção futura da força de trabalho na indústria tecnológica. O foco no aprendizado de máquina sugere uma adaptação às crescentes demandas por inovação e competitividade no mercado digital. Esta transformação está alinhada com as tendências globais na indústria de tecnologia, onde a especialização e inovação são chaves para o sucesso a longo prazo.
Por outro lado, o impacto das demissões em massa ainda é uma questão de debate, especialmente quanto ao moral dos funcionários remanescentes e a perceptibilidade do público externo. A capacidade da Meta de equilibrar cortes de pessoal com uma estratégia de contratação precisa pode servir como modelo ou advertência para outras empresas do setor.
Siga a gente no Google Notícias