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Quem é a mulher do ‘Faraó dos Bitcoins’, que atuava como DJ e fazia arte com IA até ser presa?

Published 26/01/2024
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Venezuelana Mirelis Zerpa, conhecida como esposa do "Faraó dos Bitcoins" - Crédito: Reprodução/Instagram

Conhecida como esposa do “Faraó dos Bitcoins“, a venezuelana Mirelis Zerpa vive legalmente nos EUA, atuando como DJ e promovendo criações artísticas com Inteligência Artificial. Ela estava foragida desde agosto de 2021, quando a Operação Kryptos prendeu seu marido, Glaidson Acácio dos Santos, por montar uma pirâmide financeira transnacional disfarçada de investimento em bitcoins. A informação é do jornal O Globo.

Segundo dados do cadastro de clientes lesados, cerca de 278 mil pessoas investiram um total de R$ 10 bilhões no negócio. A venezuelana, entretanto,  utilizou parte da fortuna para adquirir bens, como um avião e um carro de luxo, além de investir em sua carreira artística.

Além disso, Mirelis possui um canal no Youtube com quase 14 mil inscritos. “Neste cantinho do YouTube minha essência artística se une ao incrível mundo da inteligência artificial. Imagine um espaço onde músicas, poemas, imagens e vídeos ganham vida de maneiras que você nunca imaginou, tudo graças à magia combinada da criatividade humana e da IA. Cada trabalho que você descobre aqui é um reflexo da minha paixão por explorar novas fronteiras artísticas“, afirma ela, na apresentação do canal.

Operação Kryptos

A polícia deteve Mirelis em Chicago, nos Estados Unidos, como parte da Operação Kryptos. A investigação gira em torno defraudes bilionárias relacionadas a criptomoedas. A prisão resultou de uma cooperação internacional entre a Polícia Federal, o U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e o Serviço Secreto dos EUA, devido à ilegalidade de sua permanência nos EUA.

Ela era considerada foragida da Justiça brasileira, com mandado de prisão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa. Contudo, Mirelis, proprietária de uma empresa de consultoria em Cabo Frio/RJ, foi acusada de operar um esquema de investimento em bitcoin sem autorização. Sua empresa, por fim, teria movimentando cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021.

No entanto, a Justiça brasileira conseguiu apreender apenas R$ 400 milhões do montante acumulado pela organização. Sua defesa, em suma, alegou, em resposta ao Fantástico, que ela não tinha funções na empresa do marido.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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