RAPIDEZ E EFICIÊNCIA

Segurança digital: países da AL e Caribe discutem boas práticas em governança

Segurança digital: países da AL e Caribe discutem boas práticas em governança
Representantes dos países da América Latina e Caribe estão reunidos em brasília – Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom Agência Brasil

Os mecanismos de segurança no ambiente digital precisam ser tão rápidos e criativos quanto os cybercriminosos, de forma a minimizar riscos para a prestação de serviços via grande rede pelos governos. Diante deste desafio, autoridades de 25 países da América Latina, Caribe e de organismos internacionais estão reunidos em Brasília, participando da 8ª Reunião Ministerial da Rede Interamericana de Governo Digital (Rede Gealc).

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Desafios na Segurança Digital

Os desafios no campo da segurança digital são numerosos e complexos, variando desde a constante evolução das ameaças cibernéticas até a necessidade de maior integração política entre os países. Segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), questões como assinaturas digitais, integração de sistemas e segurança digital são fundamentais para o avanço dos governos digitais.

Um dos principais obstáculos mencionados por Luis Porto, assessor da OEA, é a lentidão do setor público em comparação com o privado no que diz respeito à adoção de novas tecnologias e regulamentações. A abordagem do setor público, limitada ao que é permitido por lei, contrasta com o dinamismo do setor privado, criando uma necessidade urgente de marcos normativos que permitam avanços rápidos na segurança digital.

Governança de dados e a Inteligência Artificial podem contribuir

Uma proposta crucial discutida no encontro é o desenvolvimento de um marco de referência interamericano para a governança de dados e inteligência artificial. Este documento, elaborado pela OEA, busca padronizar processos e fortalecer a confiança entre nações mediante a implementação de práticas que protejam dados sensíveis.

A governança de dados visa não apenas a proteção, mas também a integração regional. Ao estabelecer padrões comuns, os países podem colaborar mais eficientemente, garantindo que políticas de segurança digital ofereçam mais direitos e proteção às suas populações.

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Práticas de cidadania digital na América Latina

Paula Acosta Márquez, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destaca a cidadania digital como uma política essencial para o crescimento seguro das tecnologias digitais na região. A expansão dessas iniciativas permite uma colaboração além das fronteiras nacionais, promovendo economias e parcerias que beneficiam tanto governos quanto cidadãos.

Transformação digital e inclusão no Brasil

Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos do Brasil, enfatiza a transformação digital como uma ferramenta para combater desigualdades e melhorar os serviços públicos.

“No governo brasileiro, entendemos que discutir a agenda digital é discutir o futuro e o desenvolvimento. É enfrentar a desigualdade sistêmica, inclusive tecnológicas entre países e pessoas. Por isso, temos utilizado recursos digitais para prestar melhores serviços públicos, mais efetivos e adequados às necessidades de nossos cidadãos”, disse a ministra.

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