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PF apura nova joia desviada durante governo Bolsonaro

Peça teria sido negociada em loja nos Estados Unidos

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PF investiga mais uma joia supostamente desviada durante governo Bolsonaro – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) detectou uma tentativa ilegal de venda de outra joia dada pelo governo saudita ao Brasil durante a administração de Jair Bolsonaro.

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Essa nova peça foi descoberta durante diligências conjuntas entre a PF e o FBI, o departamento de investigação dos Estados Unidos. A joia foi encontrada na mesma loja onde outras vendas de presentes à União foram registradas, embora não esteja confirmado se a venda foi concretizada.

Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, declarou nesta terça-feira (11), em coletiva de imprensa, que este incidente pode piorar a situação dos investigados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em conversa com jornalistas nesta terça, o agente não deu detalhes sobre valores ou origem da joia. Também não revelou se o item foi recuperado.

Joias de presente

Bolsonaro está sob investigação por supostamente utilizar a infraestrutura do Estado para desviar joias dadas como presentes oficiais pelo governo saudita, seguido pela venda e ocultação de valores para enriquecimento ilícito.

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Andrei Rodrigues enfatizou que, até o mês seguinte, espera a conclusão de três inquéritos envolvendo Bolsonaro pela Polícia Federal.

“A nossa expectativa é que no mês de junho a gente finalize as duas investigações, sobre joias e [cartões] vacinas [falsos], e no mês de julho, a gente finalize a investigação sobre o golpe [8 de janeiro]”, afirmou.

Bolsonaro está inelegível até 2030 após receber condenação do Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na campanha presidencial de 2022.

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Foragidos

O diretor-geral da Polícia Federal informou que aproximadamente 180 indivíduos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 aos edifícios dos Três Poderes em Brasília estão foragidos, e estima-se que entre 50 e 100 possam estar na Argentina. De acordo com Rodrigues, existe uma cooperação efetiva com a polícia argentina. Contudo, as detenções dependerão das negociações entre os sistemas judiciários dos dois países.

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