As redes sociais podem cair novamente?

Depois de alguns dias e já com todos os serviços ativos, podemos analisar os motivos que provocaram a queda mundial do Facebook, Instagram e WhatsApp, que causou tanta dor de cabeça aos usuários do mundo inteiro

As redes sociais podem cair novamente
(Crédito: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Depois do incidente de 4 de outubro, que afetou as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, deixando milhões de usuários ao redor do mundo sem serviço por mais de 5 horas, surge a pregunta obrigatória: podem cair novamente tanto o serviço de mensagens como o resto da sua família de redes sociais? Por que isso aconteceu?

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Depois de alguns dias e já com todos os serviços ativos, podemos analisar os motivos que provocaram a queda mundial do Facebook, Instagram e WhatsApp, que causou tanta dor de cabeça aos usuários do mundo inteiro. São muitas as versões, oficiais e não oficiais, que circulam sobre o incidente, indo de ciberataques a falhas humanas.

Embora a versão mais forte seja que foi um problema de DNS, há hipóteses que indicam que se deveu a que o Facebook se apagou a si mesmo por um erro em uma tarefa de manutenção de rotina. Outras teorias mais fundamentalistas falam de um ciberataque global que comprometeu usuários e senhas de milhões de pessoas em todo o planeta.

Por sua vez, a palavra oficial, na boca de Santosh Janardhan, vice-presidente de Infraestrutura do Facebook, indica que “mudanças na configuração dos roteadores da rede troncal que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam essa comunicação. Essa interrupção no tráfego de rede teve um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, paralisando nossos serviços”.

O certo é que no dia 4 de outubro, a partir do meio-dia, o mundo parou e por mais de 5 horas parece que deixou de funcionar. Ninguém conseguia enviar mensagens por WhatsApp ou checar as suas redes sociais, muito menos publicar conteúdo. Portanto, a pergunta inevitável que se coloca é: essas quedas podem ocorrer novamente ou tratou-se apenas de um caso excepcional?

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Se fizermos um pouco de memória, algo semelhante aconteceu há não muito tempo, só que por menos tempo. Portanto, não podemos garantir que isso não acontecerá novamente; ninguém está isento, nem mesmo esse gigante. Portanto, como especialista em segurança cibernética, minha recomendação é:

Primeiro, modifique as senhas das contas envolvidas e sempre ative o segundo fator de autenticação. Embora não seja oficial, há versões que garantem que dados de milhões de usuários vazaram.

Por outro lado, é um bom momento para começar a utilizar outros serviços de mensagens, como Telegram, Signal, Napoleon (NN Chat), WeChat, entre outros; muitos dos quais são tão ou mais seguros que o WhatsApp, usam criptografia para proteger mensagens e dados dos usuários e fornecem muito mais segurança do que os serviços mais populares.

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Como sempre advirto: não forneçamos nossos dados pessoais gratuitamente nas redes sociais. Por isso, é importante revisar as configurações de privacidade das nossas contas. Assim, podemos impedir que o conteúdo seja aberto a todos os usuários, uma configuração geralmente ativada por default, e que devemos lembrar de desativar manualmente.

Por fim, devemos ler os Termos e Condições de cada rede social ou conta na qual nos inscrevemos e analisar as permissões às quais os aplicativos acessam antes de baixá-los.

*Por Pablo Rodríguez Romeo – Especialista em informática forense, Especialista em segurança.

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*Produção jornalística – Silvina L. Márquez.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.

*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.

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