Organizações não governamentais acusaram a Rússia de usar armamento ilegal na guerra contra a Ucrânia. De acordo com a Anistia Internacional, houve o uso de bombas de fragmentação no conflito. Os armamentos teriam provocado a morte de uma criança e outros dois civis.
A organização pediu a abertura de uma investigação contra a Rússia por “crime de guerra”. De acordo com um comunicado da ONG, uma escola no nordeste da Ucrânia sofreu o impacto destas bombas. A Anistia Internacional diz que a denúncia é baseada em filmagens feitas com drones.
Cluster munitions kill child and two other civilians taking shelter at a preschool in #Ukraine. This attack bears all the hallmarks of #Russia use of this banned and inherently indiscriminate weapon, and shows flagrant disregard for civilian life https://t.co/BHrMOshL0t
— Agnes Callamard (@AgnesCallamard) February 27, 2022
Outra ONG, a Human Rights Watch, também diz que as bombas foram usadas.
Esse tipo de armamento foi proibido em 2010 por uma convenção internacional, da qual nem Rússia nem Ucrânia são signatárias, segundo a agência France Press.
As bombas de fragmentação têm dezenas de pequenas bombas que se dispersam no momento da explosão. Como muitas não explodem, elas podem criar uma espécie de minas terrestres.
Nem a Rússia, nem a Ucrânia se pronunciaram sobre as denúncias das organizações.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
Depois de meses de tensão militar, o presidente da Rússia, Vladimir Putin autorizou a invasão à Ucrânia, na noite da última quarta-feira (23). Desde então, tropas dos dois países combatem dentro do território ucraniano.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
Moscou vê a entrada da Ucrânia na aliança militar como uma ameaça direta à segurança do país já que o território do país divide uma grande fronteira com a Rússia.