O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 03, que vai permitir que cidadãos ucranianos fiquem no território americano pelos próximos 18 meses.
De acordo com a agência France Press, o Departamento de Segurança Interna dos EUA concederá um “status de proteção temporária” aos cidadãos da Ucrânia que já estão no país. Na prática, isso vai permitir que possam trabalhar e impedir que sejam deportados, mesmo que no momento estejam em situação irregular.
Por meio de um comunicado, o secretário de Segurança, Alejandro Mayorkas, disse que a “guerra forçou os ucranianos a buscarem refúgio em outros países e que os Estados Unidos vão fornecer apoio nestes tempos extraordinários“.
I am proud to announce that we will be providing Temporary Protected Status — or #TPS — to those Ukrainian nationals who are present in the United States as of March 1, 2022. pic.twitter.com/3tiR29HFJr
— Secretary Alejandro Mayorkas (@SecMayorkas) March 3, 2022
O número de beneficiados não foi informado, mas o jornal The Wall Street Journal afirma que 30 mil ucranianos vivem nos Estados Unidos. Esse total incluiria turistas, estudantes e trabalhadores com vistos vencidos.
Há uma semana, a Casa Branca disse que os Estados Unidos estão prontos para aceitar refugiados ucranianos, sem dar números. Na Europa, o Reino Unido disse que pode abrigar até 200 mil ucranianos.
De acordo com a Agência de Refugiados da ONU (ACNUR), o número de deslocados internos na Ucrânia pode chegar a 12 milhões, e o de pessoas refugiadas a 4 milhões. Segundo o Alto Comissário, Filippo Grandi, esta pode ser a maior crise de refugiados da Europa neste século.
O número de deslocados internos na Ucrânia pode chegar a 12 milhões, e de pessoas refugiadas, a 4 milhões. Segundo Alto Comissário da ONU para Refugiados, esta pode ser a maior crise de refugiados da Europa neste século.
— ACNUR, Agência da ONU para Refugiados (@ACNURBrasil) March 3, 2022
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Entenda a invasão à Ucrânia
Depois de vários meses de tensão e negativas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia. O exército russo bombardeia e avança por terra em cidades do sul, leste e norte do território ucraniano.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O presidente russo também alega que a Ucrânia está sob influência estrangeira e que não merece ser um país independente.