As bolsas internacionais sentem as perdas da semana nesta sexta-feira (4). É a terceira consecutiva de quedas, em meio à crescente invasão russa da Ucrânia.
Tensão nos mercados internacionais, principalmente os europeus. Há um movimento forte de venda de ações, alimentado por preocupações sobre a proximidade geográfica da região com a Rússia e sua forte dependência do gás russo.
De acordo com o site Infomoney, o avanço acumulado desta semana é o maior desde o início de abril de 2020, quando o petróleo teve também seu maior avanço diário da história após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliado sinalizar por cortes na oferta logo no início da pandemia de Covid-19.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril subiu 7,44% nesta sexta (US$ 8,01) e 26,30% na semana, a 115,68.
Reunião emergencial da ONU
Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve reunido de forma emergencial para discutir a crise, em especial o bombardeio de uma usina nuclear na Ucrânia. A Rússia alegou que o Ocidente divulga mentiras sobre a operação militar.
A semana encerra ainda com a adoção de mais medidas para isolar a economia russa. Entre elas, o Departamento de Comércio dos EUA aplicaram mais controle sobre exportações ao setor de refinamento de petróleo russo.
No setor privado, a S&P Dow Jones Índices anunciou a remoção de ações da Rússia de seus índices em Nova York.
Impactos no Brasil
Com os aumentos sucessivos no valor do petróleo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que os dois projetos de lei que tentam reduzir os preços dos combustíveis estarão na em pauta na semana que vem.
“Na próxima semana, os dois projetos de lei que trazem medidas para controlar a escalada dos preços de combustíveis (PLP 11/2020 e PL 1472/2021) estarão na pauta do Senado”, disse pelas redes sociais. “Mais do que nunca, diante do aumento do valor do barril de petróleo, precisamos tomar medidas que impeçam a elevação do preço dos combustíveis”.