O Papa Francisco lamentou neste domingo, 06, os “rios de sangue e de lágrimas” que correm na Ucrânia. O religioso também disse que o Vaticano está disposto a fazer “tudo” que puder pela paz na Ucrânia.
“Rios de sangue e lágrimas correm na Ucrânia, não se trata apenas de uma operação militar, e sim de uma guerra que semeia morte, destruição e miséria“, disse o papa na mensagem Angelus, segundo a agência France Press.
O pontífice disse que enviou dois cardeais ao país para ajudar nos esforços humanitários, “não apenas como um sinal da presença do Papa, mas de todas as pessoas que querem dizer que a guerra é uma loucura, por favor, pare, olhe para essa crueldade!“, afirmou o Papa, de acordo com a CNN Internacional.
O Papa Francisco também pediu o “retorno ao respeito ao direito internacional“.
Pope Francis makes a heartfelt plea for peace in Ukraine, guaranteed humanitarian corridors, and for all people to come to the assistance of the war victims, especially the mothers and children fleeing.https://t.co/B1ymitlR8Q
— Vatican News (@VaticanNews) March 6, 2022
Diplomacia do Vaticano
O Vaticano informou que se ofereceu para mediar as conversas de paz entre russos e ucranianos. O próprio Papa Francisco ligou para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e também visitou a embaixada da Rússia.
Entenda a invasão à Ucrânia
A Ucrânia foi invadida pela Rússia no dia 23 de fevereiro. O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.
O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.