Contra alta nos combustíveis, Bolsonaro quer rever políticas de preços

Presidente disse que o tema será discutido com Economia, Minas e Energia e Petrobras nesta segunda-feira (7)

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(Créditos: Andressa Anholete/Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio a disparada dos preços do petróleo, afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo estuda rever a política de paridade internacional de preços da Petrobras.

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“Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem uma paridade com o preço internacional [dos combustíveis]. Ou seja, o petróleo, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, disse Bolsonaro, durante entrevista a uma rádio de Roraima. “Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado. Está sendo tratado hoje à tarde, em mais uma reunião”.

O PPI (Preço de Paridade de Importação) foi implementado em 206, durante o governo Michel Temer (MDB) e na gestão do ex-presidente da Petrobras Pedro Parente. O presidente disse que devem estar na reunião desta segunda-feira (7) sobre o tema autoridades dos ministérios da Economia e do Ministério de Minas e Energia, além da própria Petrobras.

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelam o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema. Vamos procurar uma solução para isso de forma bastante responsável”, Acrescentou Bolsonaro.

O presidente ainda disse que, caso o avanço internacional dos combustíveis fosse integralmente repassado aos postos, iria ter um reajuste de 50% para os consumidores. “Não é admissível, disse Bolsonaro. “A população não aguenta uma alta com esse percentual aqui no Brasil”.

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Disparada dos preços do petróleo e do gás natural nesta segunda, foi devido a um possível embargo ocidental ao setor energético russo, assim como a queda de Bolsas ao redor do mundo por temor de desaceleração da economia mundial. O valor do barril de Brent do Mar do Norte chegou perto de US$ 140 (R$ 710) no domingo à noite, bem próximo do recorde absoluto de US$ 147,50 (748) de julho de 2018.

Isso ocorreu depois que Antony Blinken, secretário de Estado americano, afirmou que Washington e seus aliados debatem a proibição das importações de petróleo e gás da Rússia.

Diversas sanções econômicas foram impostas pelos americanos e seus aliados, contra Moscou pela invasão da Ucrânia. A crítica à política paridade de preços não é a única medida que foi defendida por Bolsonaro nos últimos dias.

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O presidente na quinta-feira (3), defendeu que a Petrobras diminua lucros para evitar uma alta brusca nos combustíveis. “Estamos aqui na mídia, e é verdade, o lucro que a Petrobras está tendo. Em um momento de crise como esse, eu acho que esse lucro, dependendo da decisão dos diretores, do conselho e do presidente, poderia neste momento de crise ser rebaixado um pouquinho para a gente não sofre muito aqui” afirmou Bolsonaro, na entrevista.

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