O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) fez uma nova reunião nesta segunda-feira (7) para discutir a guerra da Ucrânia e a passagem segura para civis. Durante a sessão, o chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, pediu que os envolvidos no conflito permitam a passagem segura de civis que tentam sair das regiões onde há combates, segundo a agência Reuters.
“Isso inclui permitir a passagem segura de civis para deixar áreas de hostilidades ativas de forma voluntária, na direção que escolherem. Todos os civis, mesmo os que ficam, devem ser respeitados e protegidos”, disse Griffiths, segundo o site da CNN Internacional.
Griffiths disse na reunião que uma equipe da ONU viajou a Moscou para discutir as ações humanitárias. Ele ainda pediu um corredor seguro para o envio de suprimentos humanitários, também segundo a Reuters.
Nesta segunda-feira (7), de acordo com a agência Ansa, a Rússia anunciou que abriria seis corredores humanitários para retirada de civis. A maioria das passagens tinha como destino o próprio território russo ou Belarus, país aliado de Vladimir Putin. A proposta foi chamada de inaceitável, segundo um porta-voz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele disse que a opção era “inaceitável”.
Quase todos os refugiados têm saído da Ucrânia e ido em direção a países europeus, como a Polônia e a Romênia.
“À medida que o conflito na Ucrânia entra em sua segunda semana, milhares de famílias estão fugindo para suas fronteiras.”
As conflict in #Ukraine enters its second week, thousands of families are fleeing to its borders.
— UNICEF (@UNICEF) March 7, 2022
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Entenda a guerra da Ucrânia
As tropas da Rússia começaram a invadir a Ucrânia na quinta-feira (24) após ordem do presidente Vladimir Putin. O exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.